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Sabel-o-hia a historia se os aios, e confessores de principes e de reis, em vez de serem bonzos, fakires e derviches d'um credo intolerante e sangrento, e que tem no seu proprio symbolo o germen da sua total aniquilação, fossem chronistas severos e verdadeiros da corrente das idéas, e das leis immutaveis do progresso, na marcha logica e fatal do desenvolvimento da humanidade.

E adormeceu feliz recordando as phrases de amôr, o delirio do olhar apaixonado de Ronquerolle; e jurando não amar no mundo mais ninguem senão a elle. Drama sangrento M.me William, se bem que se entregasse a uma activa espionagem, não podia penetrar nos segredos da vida privada da bella Carlota.

Irremediavelmente, porque n'este caminho d'uma nação que abandona uma fórma social condemnada, como a familia de Loth a condemnada Sodoma, não ha retroceder, não ha mesmo volver atraz um olhar saudoso ou simplesmente curioso: fatalmente, porque todos os interesses, todas as questões, todas as paixões, crescidas, accumuladas, em fermentação no seio da sociedade hespanhola desde 1812, acabam de ser por ella jogadas, n'uma hora e sobre uma carta, no jogo sangrento das revoluções...

Recordando todo esse passado, para sempre morto, a sua alma tão cruelmente torturada e tão profundamente humana acordava num alvoroço. Chamavam-na para a vida, e ella vinha toda inteira, corpo palpitante, coração sangrento pronto a entregar-se a um novo ideal.

O poder civil, com a sua educação avessa ás resistências porfiadas, ás luctas violentas, aos perigos do combate sangrento, muitas vezes necessario, succumbiria facilmente n'essas crises afflictivas, perdendo a serenidade n'um meio tão differente do gabinete de estudo e até das horas mais tempestuosas da tribuna politica.

Elle decidiria em ultima instancia se a superioridade estava, na verdade, do lado dos sublevados e se a guarda municipal podia ou não submetter-se-lhes sem hesitações. Era o appello honesto a um arbitro de occasião, que gosava ao momento de justificado prestigio na classe militar. O choque sangrento A guarda municipal desbarata os revoltosos

A Revolução, assim como teve um curto periodo de tiroteio sangrento, tambem se caracterisou por diminutos instantes de delirio enthusiastico, mas delirio inoffensivo, expansão de alegria desinteressada e generosa. Ninguem assassinou, ninguem saqueou. A propria artilharia civil, dispondo d'uma poderosa força destruidora, não commetteu excessos, não praticou represalias.

«Julgava que teu coração de marmore ou de sangrento tigre tivesse sido tocado pelas lagrimas ardentes d'essas duas innocentes, de quem és, desgraçadamente, pae! «Julgava que ao pungir ferrenho do remorso, tu te houvesses abraçado ao da cruz da Redempção! e envolto no lábaro sagrado do arrependimento, banhasses a fronte maldita nas aguas lustraes da salvação!

Este terror é levado pelo telegrapho e pela imprensa a todos os cantos do mundo civilisado, e Portugal, a quem mais doía tanta desgraça, condemnou em phrases sentidas que nunca poderiam abonar a civilisação do Brazil, a repetição das scenas barbaras, que desde a noite de 6 de setembro até fins de novembro de 1874, faziam lembrar o sangrento dia de S. Bartholomeu, em França, ou os repetidos massacres antropophagos dos botocudos, contra as primitivas colonias do imperio americano.

Em nome pois do Povo, o velho e antigo cedro, sangrento como a cruz, e a quem como S. Pedro tens renegado sempre, ó sordido traidor, em nome da sua ira, e em nome do suor que elle verte a chorar, na Terra, o chão antigo, que faz córar a rosa e rebentar o trigo, em nome dos seus mil cuspidos sacrificios do seu Calyx, da Cruz, da Esponja, dos supplicios, das suas mães sem pão, seus filhos no abandono como um farrapo velho e como um cão sem dono, em nome da Miseria, em nome da Innocencia de tudo que ha de humano e grita na Consciencia, em nome do Direito, em nome d'esta Penna, escuta a minha voz, a voz que te condemna Tu foste n'outro tempo um homem justo, um crente, forte, obscuro, plebeu, filho da santa gente da plebe que trabalha, e com as mãos possantes sabe arrancar da terra as eiras e os diamantes, d'essa raça animal dos grandes infelizes que são na sociedade assim como as raizes que em quanto estão no chão, na solidão, no escuro, dando a seiva e o vigor ao tronco bem seguro, vivendo humildes sempre, obscuras, silenciosas estão as folhas no ar, altivas, gloriosas, olhando para o azul sereno das espheras, todas cheias de flor nas verdes primaveras, sendo a gloria da leiva, a sombra dos caminhos, tendo as bençãos do Sol e os canticos dos ninhos.