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Atualizado: 30 de setembro de 2025


Se aquillo, qu'eu pretendo Deste trabalho haver, que he todo vosso, Senhora, alcançar posso; Não será muito haver tambem a gloria E o louro da victoria, Que Virgilio procura e haver pretende, Pois o mesmo Virgilio a vós se rende. Falla hum pastor. A quem darei queixumes namorados Do meu pastor queixoso e namorado? A branda voz, suspiros magoados, A causa porque n'alma he magoado?

Tenho por opinião, Que na tal transformação Lhe prestou natura a fôrma, Com que fez Amphitrião. Pois tu no gesto e na côr Estás Sósea escravo seu. Muito mais faras, Senhor. Não o faz senão o Amor, Que nisto póde mais qu'eu. Ja, Senhor, te fiz menção Como deo Amphitrião A ElRei Terela a morte; Que, na guerra igual, a sorte Póde mais que o coração.

Vós tereis isto por tacha, Converter tudo em trovar; Pois se me virdes zombar, Não cuideis, Senhor, que he cacha, Que aqui não ha que cachar. Responde João Lopes. Pezar ora não de são, Eu juro pelo Ceo bento, Se de comer não me dão, Qu'eu não sou camaleão, Que m'hei de manter do vento. Responde o Author.

São estas, Nympha, as tranças dos cabellos, Que fazem de seu preço o ouro alheio, Como a mi de mi mesmo com vellos? He esta a alva columna, o lindo esteio, Sustentador das obras mais que humanas, Qu'eu nestes braços tenho, e não o creio? Ah falso pensamento, que me enganas! Fazes-me pôr a boca onde não devo, Com palavras de doudo, ou quasi insanas! Como a alçar-te tão alto assi me atrevo?

A viola, Senhor, vem Sem primas, nem derradeiras: Mas sabe o que lhe convem? Se quer, Senhor, tanger bem, Ha de haver mister terceiras. E se estas cantigas vossas Não forem para escutar, E quizerdes espirar; Ha mister cordas mais grossas, Porque não possão quebrar. Vae para fóra. Ja venho. Qu'eu desta phantasia Me sostenho e me mantenho. Quamanha vista que tenho, Que vejo a estrella do dia!

Aqui minha ventura Quiz que huma grande parte Da vida, qu'eu não tinha, se passasse; Para que a sepultura Nas mãos do fero Marte De sangue e de lembranças matizasse. Se Amor determinasse Que a trôco desta vida, De mi qualquer memoria Ficasse como historia, Que d'huns formosos olhos fosse lida; A vida e a alegria Por tão doce memoria trocaria.

Baixos e honestos andais, Por vos negardes a quem Não quer mais que aquelle bem, Que vós no chão espalhais? Se pouco vos mereci, Não m'estimeis mais que o chão, A quem vós o galardão Dais, e mo negais a mi. Venceo-me Amor, não o nego; Tẽe mais fôrça qu'eu assaz; Que como he cego e rapaz, Dá-me porrada de cego. Volta. porque he rapaz ruim, Dei-lhe hum boféte zombando.

por esta phantasia Merecia De meus males algum fruito; E não era certo muito Para o muito que queria. De maneira, Que não he, na derradeira, Grande espanto, Que quem, Dama, vos quer tanto, Que outro tanto de vós queira. Suspeitas, que me quereis? Qu'eu vos quero dar lugar Que de certas me mateis, Se a causa, de que nasceis, Vós quizesseis confessar.

Ai quão devagar passa a triste vida! Suaves ágoas, dura penedia, Arvoredo sombrio, verde prado, Donde eu ja tive livre o pensamento; Frescas flores; e vós, meu manso gado, Que ja m'acompanhastes na alegria, Não me deixeis agora no tormento. Se do mal meu vos toca sentimento, Dae-me par'elle ajuda, Qu'eu tenho a lingua muda, O alento me vai ja desamparando. Ai quão devagar passa a triste vida!

Qu'eu por ter, formosa Dama, A doença, qu'em vós vejo, Vos confesso, que desejo De cahir comvosco em cama. Se consentis, que me vença Deste mal, não houve gente Da saude tão contente, Como eu serei da doença. Olhae que dura sentença Foi amor dar contra mi! Que porqu'em vós me perdi, Em vós me busque a doença.

Palavra Do Dia

saudades

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