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O gado, que apascento, São n'alma os meus cuidados; As flores, que no campo sempre vejo, São no meu pensamento Teus olhos debuxados, Com qu'estou enganando o meu desejo. Do frio e doce Tejo As águas se tornárão Ardentes e salgadas, Despois que minhas lagrimas cansadas Com seu puro licor se misturárão; Como quando mistura Hyppanis co'o Exampêo sua água pura.

Tempo he ja de esquecer contentamentos Passados, co'a esperança que passou, E de que triumphem novos pensamentos. A , que viva n'alma me ficou, ja fim aos caducos ardimentos A que o passado bem se condemnou. Oh quanto melhor he o supremo dia Da mansa morte, que o do nascimento! Oh quanto melhor he hum momento, Que livra de annos tantos de agonia!

Serena e tragica, como se debruçada sobre uma sepultura visse dentro o proprio coração; tragica e dolorida como se lhe pezasse n'alma todo o soffrimento humano; morta para o amor, abrazada em odio: Mataram o meu pobre filho! Maldito seja para sempre, na sua descendencia, o miseravel assassino! Como não havia de adoral-o, a pobre mãe, se elle era o seu filho unico!

Epitafio! e se nelle memoradas Fossem virtudes que alojaste n'alma, Ah! poderia por ventura o Mundo, Qual o conheço, leviano e cego, Votar-lhes homenagem digna dellas, Ou arder no desejo d'imitá-las?

Ha pedintes cegos de inspiradas frontes, Com estrellas n'alma, com visões mentaes, Que atravessam rios, que vão dar com fontes, Que andam por agrestes, solitarios montes, Sem errar a estrada, sem cahir jamais!... Pelos bosques ermos, onde venta e neva, Com os seus farrapos mais o seu bordão, Marcham por milagre na continua treva... Oh, dizei, dizei-me quem os guia e leva?

Mas d'isto que André Marques bem notou E de tudo o que ouviu no copo attento, Um odio certo n'alma lhe ficou Uma vontade de pensamento. Nas obras e no gesto o não mostrou, Mas com risonho e ledo fingimento Tratal-os brandamente determina, Até que mostrar possa o que imagina.

pôsto que a visão passou e desappareceu... mas deixou gravada n'alma a certeza de que... Pôsto que seja assim tudo isto, a confidencia não passará d'aqui, minhas senhoras: tanto basta para se saber que estou sufficientemente habilitado para chronista da minha historia, e a minha historia é ésta. Era no anno de 1832, uma tarde de verão como hoje calmosa, sêcca, mas o ceo puro e desabafado.

Depois as palavras muito praticas da S. Joanneira trabalhavam-lhe silenciosamente n'alma: o emprego do governo civil rendia 25$000 reis mensaes; casando, reentrava logo na sua respeitabilidade de senhora; e se a mãi morresse, com o ordenado do homem e com o rendimento do Morenal, podia viver com decencia, ir mesmo no verão aos banhos... E via-se na Vieira, muito comprimentada pelos cavalheiros, conhecendo talvez a do governador civil.

Pois logo, se sois servida Que tantos mortos não sejão, Não rezeis onde vos vejão, Ou vêde para dar vida. Ou se quereis escusar Estes males que causastes, Resuscitae quem matastes, Não tereis por quem rezar. Se n'alma e no pensamento Por vosso me manifesto, Não me peza do que sento; Que se não soffrer tormento, Faço offensa a vosso gesto.

Margarida Á minha triste historia Muito bem reflectida na memoria! Fernando Mas isso... vae ha tanto, ha tanto... Margarida Ah! Lembra-se? Pois bem! E embora o pranto Volte a offuscar-me as faces de vergonha, Rememoro o que em epocha risonha D'uma vida serviu para o transporte Da reles existencia e fraca sorte. Creança, inda bem nova, inexp'riente, Senti n'alma o que sente toda a gente.

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