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Não me lembras na memoria, Senão na reminiscencia: Que a alma he taboa rasa, Que com a escrita doutrina Celeste tanto imagina, Que vôa da propria casa, E sobe á patria divina. Não he logo a saudade Das terras onde nasceo A carne, mas he do Ceo, Daquella santa Cidade, Donde est'alma descendeo.

Mais do que a vida, pois acompanha a alma até á eternidade. «Mas vou-te falar de Fernando a quem conheces superficialmente. Imagina, querida Luiza, um rapaz bonito, com um coração de anjo, a quem os genios da musica e da pintura bafejaram em creança, pois que Fernando é musico e pintor.

Não imagina!

A sala era magnifica; muitas luzes, muitos espelhos, muitas flores, moveis dourados, tapetes, quadros, crystaes, e para acabar de me confundir, o piano, objecto novo para mim, e que eu me não fartava de admirar. Tudo isto me perturbava, como imagina, e por fôrça me havia de dar uns ares de estupefacto.

Tudo isso é muito natural. Pois não ha nada mais artificial, meu caro senhor. Eu lhe conto o resto, que é o mais interessante para um mancebo que faz do nariz d'uma mulher o thermometro de avaliar-lhe a temperatura do coração. Imagina, meu joven Carlos, que sahiste do theatro depois, e entraste na Aguia d'Ouro a comer ostras, segundo o costume dos elegantes do Porto.

Imagina que não me acreditarão? Ouça: limitar-me-hei a affirmar que a tive esta noite nos meus braços. Estamos sós: quem poderá contradizer-me?

Entra um, entra outro, chalaça d'aqui, chalaça d'acolá, faz idéa?! E, quando se tem a cara da menina, imagina os atrevimentos que lhe hão de dizer os rapazes, ainda que saibam que a menina é filha de quem é? Hoje em dia, não se respeita senão o dinheiro... Luveira! a snr.ª D. Maria José de Portugal luveira! Sabe que mais? A menina leu tanto que tresleu!

Assim como elle proprio se aperfeiçôa em cada dia pelo trabalho, imagina que a patria se desenvolve proporcionalmente pelo progresso, e mede pelo esforço d'elle, muitas vezes sublime e heroico, o empenho com que estão concorrendo para a civilisação no paiz os seus homens de estado, os seus politicos, os seus industriaes, os seus escriptores e os seus artistas.

Imagina um d'estes acepipes tenros, alpestres, perfumados, extranhos... A pastoral de Beethoven com tubaras de recheio. Homem, no Algarve estava um defunto no esquife; vae ella, chega-lhe ás ventas carneiro com batatas e o morto pega a bailar no meio da casa. A caminho, fez o outro espicaçado pela fome de quarenta cães sem dono.

Não imagina a paixão que elles têm um pelo outro. Ella então anda maluca. Foi o motivo da nossa briga. José Diogo não me sahia da porta; eram conversas e mais conversas, até que eu um dia disse que não queria a minha casa diffamada. Ah! meu pai do céu! foi um dia de juizo. Genoveva investiu para mim com uns olhos d'este tamanho, dizendo que nunca diffamou ninguem e não precisava de esmolas.