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Um d'elles, confiado na inepcia tolerante do provinciano, ou supposto brazileiro, disse, a meia voz, ao outro: Quatro pés nunca vestiram luvas. Calisto encarou n'elles com sorriso minacissimo, e disse á luveira: As luvas são boa coisa para a gente não dar bofetadas com as mãos.

Aqui desapparece o romantico nome de Raul. Vamos ter a vulgaridade d'um conde. Queixem-se do ministro que dera o titulo em duas vidas ao primeiro. Todavia, entre luveira e conde o relevo dos amores deve dar margem e contrastes mais palpitantes de actualidade, como se não diz. Amores de luveira... Não é isto exactamente. A luveira não o amava. Era para elle em rigor o que lhe disse que era.

Raul de Baldaque, saltando do dog-cart á porta de D. Maria de Portugal, e atirando as guias ao jockei, ia encontrar a luveira pregando botoens em luvas.

Relataram-se os casos anteriores ao realisado designio de fazer-se luveira D. Maria José. , ao começo d'esta historia, José Parada, o meu introductor á presença da filha de D. Miguel, nos referiu, mais ou menos hyperbolicamente, a concorrencia de preitos á volta da galante dama.

E a mim, ao mesmo tempo, parecia-me indiscrição e mediania de polidez vir aqui alguem obrigar-me a ser indelicada para evitar exposiçoens de affectos, que então me faziam pensar na inconveniencia de ser luveira. Dona Maria sorriu, passou a mão alvissima pela fronte, deteve n'ella a cabeça como quem revoca idéas fugitivas, e proseguiu: Snr.

O mulato ria das aventuras do amo, e aconselhava-o a ser rasgado e audacioso com as fidalgas quando elle se prezava de o ser com as môças dos visinhos. Não lhe era portanto mysterioso o amor de Raul á luveira. E o seu modo de pensar a respeito d'esses amores, que tão mudado lhe traziam o pensativo menino, o saberemos logo.

Por exemplo, uma vez, andando o conde a passeiar no seu quarto, e a dizer em vozes interrompidas por suspiros que a luveira o havia de matar ou endoudecer, Damião, tomando-lhe o passo, fallou do seguinte theor: Ora meu amigo, vamos a isto. Estou farto de palavriado. Obras, obras é que se quer. Seja homem, e attenda ao que lhe vou dizer. Se o menino quer morrer ou perder o siso, não quero eu.

Pois sabe que mais? quer um milagre em pleno seculo XIX? A luveira repelle com fidalga delicadeza, e ouve com supremo desdem a apotheose dos milhões do conde de Baldaque. Não é isto, em tempos de infame positivismo, um caso assombroso?

O que póde haver egual entre o principe e a luveira é o chorar... Mas que differença no travôr das lagrimas! Eu choro por elle, e elle... chora por si mesmo. Eu vejo a tortura, e compadeço-me: elle é o torturado.

Não conhecia respondeu a luveira ; mas reconheci agora esta senhora que algum tempo me leccionou em francez, no mesmo collegio onde ella foi educada. Alguem disse ao snr. Tavares que V. Exme honrava com a sua amisade; e este senhor, carecendo d'um empenho para o snr. conde, procurou-me, e agora mesmo começava a expor a sua pretenção.

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