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Atualizado: 21 de junho de 2025


E immediatamente sentia passar-me n'alma, com uma lentidão de briza, um rumor humilde de murmurações ironicas: Bem, então come, dorme, banha-te e ama... Eu assim fazia.

Pois como eu me chamo Thomazia Leonor e tenho quatorze letras fez-me elle um soneto que me deu volta á cabeça, e tamanho incendio me tomou o peito, que o amei até á morte, e ainda agora, ficando eu viuva aos trinta e nove annos, fui, sou e serei fiel á sua memoria. N'este ponto, D. Thomazia, ferida n'alma pelo acrostico memorando, chorou.

Onde lembranças mata a larga ausencia, Em temeroso mar, em guerra dura, A saudade alli'stá mais segura, Quando risco maior corre a paciencia. Mas ponha-me a Fortuna e o duro Fado, Em morte, ou nojo, ou damno, ou perdição, Ou em sublime e próspera ventura; Ponha-me, em fim, em baixo ou alto estado; Que até na dura morte me acharão Na lingua o nome, e n'alma a vista pura.

Meu paraiso perdido Que de longe adoro ainda! Nuvem, que ao sopro da aragem Voou nas azas de prata, Mas no lago que a retrata Deixou esculpida a imagem! Rosa d'amor desfolhada Que n'alma deixou o aroma, Como o deixa na redoma Fina essencia evaporada! Adeus sol que me alumia Pelas ondas do oceano D'esta vida, d'este engano, D'este sonho d'um dia!

Ah! sim? pois Deus lhes falle n'alma, e elles a abençoem no céo, que é bem galantinha... Porque não vai ser freira, minha menina? As almas livres não querem ferros. Umas nascem para o culto dos templos, outras vêem o altar de Deus na natureza. Ella que diz? perguntou a velha a Rosa. Diz que não nasceu para freira. Não diga isso, menina, que é peccado.

Os olhos, qu'eu adoro, aquelle dia Que descêrão ao baixo pensamento, N'alma os aposentei suavemente; E pretendendo mais, como avarento, O coração lhe dei por iguaria, Que a meu mandado tinha obediente.

Não disse mais, porque então Entendeo quanto me toca; E se tinha dito o não, Muitas vezes diz a boca, O que nega o coração. Toda a cousa defendida Em mais estima se tem: Por isso he cousa sabida, Que perder por vós a vida Ha de ser todo meu bem. Vejo-a n'alma pintada, Quando me pede o desejo O natural que não vejo. Glosa.

Tanto no seu engano procedeo, Que não sabe na morte inda apartar-se Dos erros que na vida commetteo. Bem póde o coração desenganar-se, Que o fogo d'hum querer, n'alma inflammado, Não costuma na morte resfriar-se. Porque despois do corpo sepultado, Prisão onde s'encerra o fraco esprito, Eternamente chora o seu cuidado.

Cresceo-me de dia em dia Com a idade a affeição, Porque amor de criação, N'alma, e na vida se cria. Criou-se em mi este amor, E senhoreou-se de mi: Agora que o conheci, Mata-me com desfavor. As flores me torna abrolhos, A morte me determina Quem eu trouxe de menina Nas meninas de meus olhos. Desta mágoa e desta dor Tenho sabido que emfim Por amor me perco a mim Por quem de mi perde amor.

Revendo-me nos olhos pardos de Laura que eu adorava, eram os teus olhos verdes que eu tinha n'alma! Os sentidos todos embriagados d'aquelle perfume de luxo e civilização que me cercava, era o nosso valle rustico e selvagem o que eu tinha no coração... Oh! eu sou um monstro, um aleijão moral devéras, ou não sei o que sou. Se todos os homens serão assim? Talvez, e que o não digam.

Palavra Do Dia

arreiaõ

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