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Comparada com Mary, rosa d'York aberta e sensual, perfumando Alexandria esta pendia como um lirio ainda fechado e murcho na humidade d'uma capella. Ia certamente para algum hospicio da Terra Santa. A vida para ella devia ser uma successão de chagas a cobrir de fios e de lençoes a estender por cima de faces mortas. E era decerto o medo do Senhor que a tornava assim tão pallida.

Era o negro do Hotel, em cabello, agitando um embrulho que logo reconheci pelo papel pardo e pelo nastro vermelho. A camisinha de dormir da Mary! E recordei que com effeito, ao emmalar, eu não o vira no guarda-roupa, no seu ninho de piugas.

Guardei n'um alforge, desveladamente, o embrulhinho mimoso da camisinha da Mary: depois, na sella, alongados os lóros do pernudo Topsius, o festivo Potte, floreando o chicote, lançou o antigo grito das Cruzadas e de Ricardo-Coração-de-Leão Avante, a Jerusalem, Deus o quer!

Theodorico, amor!... Escreve-me para Jerusalem... Lembra-te da tua bichaninha bonita... Rolei pela escada, tonto. E a caleche que tantas vezes me passeára, enlaçado com Mary, por sob os arvoredos aromaticos do Mamoudieh partiu, ao trote da parelha branca, arrancando-me a uma felicidade onde o meu coração deitára raizes, agora despedaçadas e gottejando sangue no silencio do meu peito.

Estimará o Author ter acertado, ou que algum dos seus curiosos Leitores descubrão melhor intelligencia, com tanto que não seja a que vem explicada no primeiro tomo do Divertimento de Estudiosos pag. 59, onde se acha este mesmo Enigma mais resumido; porque aponta, seis pessoas, e enterrados dois corpos, como se no seguinte: Cy gist le pere, cy gist la mere, Cy gist la soeur, cy gist le frere: Cy gist la femme, e le mary; Et n'y a que deux corps icy.

E pregado n'ella por um alfinete, bem evidente ao clarão das velas, o cartão com a offerta em letra encorpada: «Ao meu Theodorico, meu portuguezinho possante, em lembrança do muito que gozámosAssignado, M. M.... A camisa de dormir da Mary! Mal sei o que occorreu no florido Oratorio! Achei-me á porta, enrodilhado na cortina verde, com as pernas a vergar, n'um desmaio.

Depois o triste Alpedrinha indicou-me, a uma esquina, onde uma velha vendia canas d'assucar, a tranquilla rua das Duas Irmãs. Ao fundo da rua, junto d'uma fonte chorando entre arvores, havia uma capella nova onde a minha alma acharia consolação e frescura. E diga o cavalheiro a miss Mary que vai de mandado do Hotel das Pyramides. Puz uma rosa ao peito e sahi, ovante.

Emquanto elle assim balbuciava, triste e com o turbante á banda, eu revia risonhamente a terra quente do Egypto, a rua clara das Duas Irmãs, a capellinha entre platanos, as papoilas do chapéo da Mary... E mais agudo me picava outra vez o desejo da minha loira luveira.

Enrodilhado n'um cobertor, sem largar do peito o embrulhinho da Mary, eu recusava com odio as bolachas que de vez em quando me trazia o humanissimo Topsius; e desattento ás coisas eruditas que elle imperturbavelmente me contava d'estas aguas chamadas pelos egypcios o Grande Verde, rebuscava debalde na memoria bocados soltos de uma oração que ouvira á titi para amansar as vagas iradas.

E passaria os dias n'uma fôfa preguiça oriental, fumando o puro Latakié, tocando viola franceza, e recebendo perpetuamente essa impressão de felicidade perfeita que a Mary me dava com deixar arfar o seio e chamar-me «seu portuguezinho valenteApertei-a contra mim n'um desejo de a sorver.

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