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Atualizado: 2 de junho de 2025
Aquella quebrada era tão deserta que me lembrou deixar alli a desfazer-se, como a ossada do dromedario, o embrulhinho da Mary... A egoa do Historiador beberava com pachorra. E eu procurava aqui, além, um barranco ou um charco quando me pareceu que junto da fonte, e misturado ao pranto d'ella, corria tambem um pranto humano.
Antes de me despir, fui escutar, collada a orelha ao tabique de ramagens. A ingleza dormia serena, insensivel: eu resmunguei brandindo para lá o punho fechado: Besta! Depois abri o guarda-roupa, tirei o dilecto embrulho da camisinha da Mary, depuz n'elle o meu beijo repenicado e grato. Cedo, ao alvorar do outro dia, partimos para o devoto Jordão.
E descia, com alvoroço, atraz d'um franciscano barbudo quando o amado embrulhinho da Mary escapou dos meus braços carinhosos, rolou em saltos pela escada como uma pella, raspou a borda do bote... Ia sumir-se nas aguas amargas! Dei um berro! Uma das Religiosas apanhou-o, ligeira e cheia de misericordia.
Afastava-me devagar da amurada quando roçou por mim a longa capa de lustrina d'uma Religiosa; e d'entre a sombra pudica do capuz, que se voltou de leve, um fulgor de olhos negros procurou as minhas barbas potentes. Oh maravilha! Era a mesma santa irmã que levára nos seus castos joelhos, através d'estas aguas da Escriptura, a camisa immunda da Mary! Era a mesma!
A camisa de dormir da Mary! Em todo o seu luxo, todo o seu impudor, enxovalhada pelos meus abraços, com cada préga fedendo a peccado! A camisa de dormir da Mary!
Atirei-lhe o perigoso embrulho da camisinha da Mary; e a meu pedido o risonho Potte explicou á desventurada que qualquer das peccadoras que habitam junto á torre de David, a gorda Fatmé ou Palmira a Samaritana, lhe daria duas piastras d'ouro por esse vestido de luxo, de amor e de civilisação. Trotámos para a estrada.
Vestido de branco como um lirio, eu gozava manhãs ineffaveis, encostado ao balcão da Mary, amaciando respeitosamente a espinha do gato. Ella era silenciosa: mas o seu simples sorrir com os braços cruzados, ou o seu modo gentil de dobrar o Times, saturava o meu coração de luminosa alegria.
Mas Alpedrinha, da beira do leito, gritava, alvoroçado: Cavalheiro! Ainda ha aqui roupa suja! Rebuscando, entre os cobertores revoltos, descobrira uma longa camisa de rendas, com laços de sêda clara. Sacudia-a; e espalhava-se um aroma saudoso de violeta e d'amor... Ai! era a camisa de dormir da Mary, quente ainda dos meus abraços!
O arraes, empunhando o leme, bradou: «Allah é grande, larga!» Os arabes remaram cantando. O sol surgiu por traz de Jaffa. E eu, encostado ao meu guardachuva, contemplava a pudica religiosa que assim levava, ao collo, para a terra de castidade, a camisinha da Mary.
E pensava: «Como rolou elle para traz da commoda?» Talvez o negro atabalhoado que, arrumando, o tirára do seu ninho de piugas... Pois antes lá permanecesse para sempre, entre o pó e as aranhas! Porque em verdade este pacote era agora audazmente impertinente. Decerto! eu amava a Mary.
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