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Atualizado: 27 de junho de 2025
O vesgo monstro que co'a gente ralha E de manhãa a todos atravessa, A cuja hirsuta sordida cabeça Nunca chegou juizo, nem navalha; Que os gazeos olhos pela meza espalha Por ver se ha mais comer que tire, ou peça, Entrando nelle com tal fome, e pressa Qual faminto frizão em branda palha; Por crimes de alta gula, e pouco sizo, De meza bem servida, mas severa, Foi n'hum dia lançado de improviso.
Porque o poeta o que diz he, que teve dormindo o que desejou ter acordado. Corrigimos: Ma figurou nos braços, e assi tive. Mas he vicio de cópia; porque descobrir dos montes a escuridão he avistá-la de lá; e o poeta o que diz he que vinha apparecendo a manhãa, e a escuridão ia descobrindo os montes. Corrigimos: Os montes descobrindo. Mas he êrro.
A manhãa graciosa, Que derramando sahe d'entre os cabellos A flor, o lirio, a rosa, Sem ajuda d'ornato, ou d'artificio, Não faz o beneficio, Que faz a luz dos vossos olhos bellos A quem os vê tão puros e singelos; E esse innocente riso, Por quem Apollo o Tejo torna Amphriso.
SOLISO. De quanto alento e gôsto me causava A vista da manhãa resplandecente, Com que toda a tristeza s'alegrava; Que quando vinha o sol claro e luzente, Bem claro então em mi se conhecia Huma nova alegria differente; Tanto agora me offende o novo dia, Vendo que me não mostra a formosura, De que só me mantinha e só vivia. E não me quiz deixar triste ventura Esperanças de mais tornar a vella!
AGRARIO. Formosa manhãa clara e deleitosa, Que, como fresca rosa na verdura, Te mostras bella e pura, marchetando As Nymphas, espalhando teus cabellos Nos verdes montes bellos; tu só fazes, Quando a sombra desfazes triste e escura, Formosa a espesura e a clara fonte, Formoso o alto monte e o rochedo, Formoso o arvoredo e deleitoso, E emfim tudo formoso co'o teu rosto D'ouro e rosas composto e claridade; Trazes a saudade ao pensamento, Mostrando em hum momento o roxo dia, Com a doce harmonia nos cantares Dos passaros a pares, que voando Seu pasto andão buscando nos raminhos, Para os amados ninhos que mantém.
Sécia valído he aquelle sonho vivente, que, primeiro que o fosse, foy passado por azeite, criado de S. Magestade já introduzindo-se no intimo das ante-camaras, nas conversas, no fim, e principio de cada paragrafo, meter seu amo; naõ fallar por Sécias senaõ em fidalguias, e novidades de mercés, se o procuraõ em casa, occultando-se para naõ fallar, quando naõ se diz por affectaçaõ de mayor Sécia: Foy para o Paço, ou está dormindo, pois veyo esta madrugada quasi manhãa do Paço; para que se entenda esteve assistindo ao despacho, e que trata, e falla em todos os negocios: trazendo os filhos por Sècia sem espadim compostos, affectando carecer de licença da Magestade para o poder trazer. Já se lhe dizem: O senhor seu filho, faz tençaõ que seja Frade? Dizer: Essa he boa! Para isso havia eu servir a S. Magestade ha tantos annos, se naõ aspirára a hum bom intento para o rapaz? Como dar a entender que se quizer ser Ecclesiastico, ahi está a Patriarcal, ou a Basilica de Santa Maria: e quando naõ; elle está quieto, elle terá occasiaõ; como dando a entender que está apalavrado com officio de Contador mór, sem advertir que a melhor Sécia, he de cento e tantos mil cruzados que tanto vale. Mostrando-se fiel dos segredos de Palacio com tanta firmeza como o Andador de S. Pedro Martyr, quando lhe perguntaõ quem prèga no dia do Santo com novidade no fallar pois tambem fallaõ com os hombros, que
Lembre-te que perdi a confiança De ver os olhos teus, e juntamente De todo o bem d'Amor toda a esperança. Lembre-te que por ti de mi ausente A crystallina fonte me he nojosa, Com que ja n'outro tempo fui contente. Que por ti a manhãa clara e formosa Males cada momento me accrescenta; Sendo-me em outros dias deleitosa.
He absurda: corrigimos: Eu quanto mais te busco, mais te escondes. He viciosa: corrigimos: Que mágoas para ouvir! Que tal figura. He viciosa: corrigimos: Assim de acostumado co'o veneno, O uso de soffrer etc. Mas he vicio, porque se entende a memoria. Corrigimos: Ni dejará, por mas que el tiempo huya. Mas quem espalha os cabellos, não são as Nymphas; he a manhãa.
Deſpois de procello ſa tempestade, Nocturna ſombra, & ſibilante vento, Traz a manhaã ſerena claridade, Eſperança de porto, & ſaluamento: Aparta o Sol a negra eſcuridade, Remouendo o temor ao penſamento: Aſsi no Reino forte aconteceo, Deſpois que o Rei Fernando ſalleçeo.
Nunca manhãa suave Estendendo seus raios por o mundo, Despois de noite grave, Tempestuosa, negra, em mar profundo Alegrou tanto nao, que ja no fundo Se vio em mares grossos, Como a luz clara a mi dos olhos vossos.
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