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D'esse lado, era uma vastidão infindavel de telhados em terraço, lugubres e côr de lodo, com uma cupulasinha de tijolo em fórma de forno, e longas varas para seccar farrapos; e quasi todos decrepitos, desmantelados, miserrimos, pareciam desfazer-se na agua lenta que os alagava.

A Natureza enflora os vis defeitos... Ri nas estatuas, urnas, nas imagens!.. E, ahi emfim, contentes, satisfeitos, Vós descansais das lugubres viagens!... Mas comtudo, no inverno, á triste Morte, Talvez seja mais duro o vento norte!... E vos gele inda mais os ossos nús!... Em quanto nós ingratos! descuidados! Vos deixamos chorar, abandonados, A poeira dos mortos feita luz!

Era a pobre rapariga fugida aos ciganos, alli sósinha, temendo ser descoberta, temendo o silencio da noite, a sombra dos pinhaes, os gritos lugubres dos corvos!... Punha-me no seu logar e pensava: Senhor, como pôde ella não morrer de susto?!...

Era longe do regato e dos aromaticos arbustos de flôr amarella; não via as nossas tendas brancas; e diante de mim arredondava-se um ermo árido, livido, de areia, fechado todo por penedos lisos, direitos como os muros d'um poço tão lugubres que a luz loura da quente manhã do Oriente desmaiava alli, mortalmente, desbotada e magoada.

Á noite na sala, com o candieiro a meia luz, era pelos cantos um cochichar de vozes lugubres; e ao chá, entre cada mastigadella de torrada, havia suspiros, lagrimas furtivamente limpadas...

Lelia, a seu lado, com as mãos erguidas, E os olhos postos no sagrado emblema, Estas doces palavras me dizia: «Deixou-te o negro espirito! Feliz de novo agora, Sorri tua alma em extasi Ao ver a pura aurora, Da qual sómente é nuncia Na terra a humilde cruz! ella, eterno simbolo De amor e de piedade, Brilha no mundo esplendida, E diz á humanidade: Surge das trevas lugubres; Ascende á etherea luz!

Este era sempre o momento infallivel da victoria da Egreja: a superstição entregava-lhe, manietados e submissos, os seus terriveis inimigos, na hora da morte imminente. Sancho I pedia aos monges de Alcobaça que rezassem por sua alma esses lugubres psalmos, que pareciam aos infelizes como um ecco das terriveis symphonias da eternidade.

Teimam de facto estes em que são indispensaveis os vividos raios do nosso desanuviado sol, ou a face desassombrada da lua no firmamento peninsular, onde não tem, como a de Londres a romper a custo um plumbeo céo para verterem alegrias na alma e mandarem aos semblantes o reflexo d'ellas; imaginam fatalmente perseguidos de spleen, irremediavelmente lugubres e soturnos, como se a cada momento saíssem das galerias subterraneas de uma mina de pit-coul, os nossos alliados inglezes.

Soltou-a das mãos com indiferença. A seguir, outra carta. E êle conhecia bem esta letrinha tortuosa e miúda, traslado flagrante do carácter mimalheiro e vibrátil da sua olvidada noiva. Umas dúzias de linhas lacrimosas, desgrenhadas, lúgubres... bagoadas de nénias e lamentos, amargas recriminações líricamente contornando, como lianas de queixumes, todo um florilégio veemente de paixão.

A cada passo a princeza encontrava signaes de sandalias, flores cortadas, uma fita, indicios de vida. Mas d'onde partiam? Quem os deixava? Viveria ali, n'aquelle paiz de luz anemica, uma côrte de feiticeiras tragicas, que esperam, para sair das cavernas, as badaladas lugubres da meia-noite? Mas não.

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