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Atualizado: 6 de junho de 2025
Puz-me em communicação com elle; encontrámo-nos no dia 3 de novembro na aringa de Inhangona e d'ahi partimos juntos para Gouveia ao encontro do sr. governador geral da provincia, que n'esse mesmo dia ahi devia ter chegado.
Mas á porta envidraçada, João Gouveia parou mais teso, bateu na testa: Já me esquecia, desculpe V. Ex.^a! Recebi uma carta do André Cavalleiro, da Figueira da Foz. Manda muitas saudades ao Barrôlo. E quer saber se o Barrôlo lhe poderia ceder d'aquelle vinho verde de Vidainhos.
Discretamente João Gouveia dobrou a carta, que entregou a Gracinha, louvando a Snr.^a D. Maria Mendonça como um «reporter» precioso. Depois, com um cumprimento: E, minha senhora, se as previsões d'ella se realisam... Mas não! Gracinha não acreditava! Ora! imaginações da Maria Mendonça. O primo Antonio bem a conhece, sabe como ella é casamenteira...
Mas passamos, de volta d'um passeio dos Bravaes, soubemos que a prima viera com o Barrôlo... Oh! gosto immenso, primo Antonio. Eu é que peço desculpa d'esta figura, assim despenteada, de grande avental... Mas todo o dia em arranjos, a preparar a casa... E o Snr. Gouveia, como tem passado? Não o vejo desde a Paschoa.
O nome de Alberto Ayres de Gouveia era o que se lia por cima dos numeros que eu procurava. Eram, de facto, de molde a impressionar os trabalhos expostos. Á mente me saltou, como uma doce recordação, a conversa que tivera com Manuel San Romão e immediatamente me convenci de que quem pintava aquelles quadros não podia ser apellidado de simples amador.
Esta gente quer deputado que grite, que lide, que imponha... Votam por mim por que sou uma intelligencia. E o Gouveia volvia, contemplando pensativamente o Fidalgo: Homem! quem sabe? Vossê nunca experimentou, Gonçalo Mendes Ramires. Talvez seja realmente pelos seus lindos olhos!
Barrôlo acudio, afflicto, carregando nos hombros do Gouveia para o socegar e o repôr no camapé: Não, meninos, não! Politica, não! E então essa massada do Cavalleiro... Vamos ao que importa. Você janta comnosco, João Gouveia? Não, obrigado. Já prometti jantar com o Cavalleiro. Temos lá o Ignacio Vilhena.
Videirinha arriscou uma duvida: Uma senhora tão bonita como a snr.^a D. Anna, e com aquelle sangue, assim casada com um velhote... Ha mulheres que gostam de velhotes por que ellas mesmas teem sentimentos velhotes! declarou o Gouveia, de dedo erguido, com immensa auctoridade e immensa philosophia. Mas a curiosidade de Gonçalo não se contentava. E na Feitosa?
Trincando, sem parar, amendoas torradas, João Gouveia observou: Sejamos justos, Gonçalo Mendes! Olhe que os Regeneradores... O Fidalgo sorrio superiormente. Ah! se os Regeneradores realisassem essa grandiosa operação bem! Esses, primeiramente, nunca commetteriam a indecencia de vender a Inglezes terra de Portuguezes!
Mas Gonçalo, que abominava aquella lenda, a silenciosa figura degolada, errando por noites de inverno entre as ameias da Torre com a cabeça nas mãos despegou da varanda, deteve a Chronica immensa: Toca a deitar, oh Videirinha, hein? Passa das tres horas, é um horror. Olhe! O Titó e o Gouveia jantam cá na Torre, no Domingo.
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