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E para quê?... Para uma orgia reles, com bolinhos de bacalhau e bichinhas de rabear! Titó não desmanchou a sua conchegada beatitude: Impossibilissimo. De tarde encontrei o João Gouveia no Chafariz. E então nos lembrámos de que eram os annos da D. Casimira. Dia sagrado! Aquellas ceias de Villa-Clara, as tresnoutadas «pandegas» com violão, impressionavam sempre Barrôlo, que as appetecia.

E de certo, pela irmã Cerqueira, o querido Gouveia conhecia miudamente os annaes da D. Anna, durante os seus invernos de Lisboa, nas delicias da sua «roda fina». N'essa noite, porém, o Administrador não apparecera na Assembleia. E Gonçalo, desconsolado, recolhia á Torre quando no Largo do Chafariz o encontrou com o Videirinha, ambos sentados n'um banco, sob as olaias escuras.

Não parece que o paiz tenha sido visitado por estrangeiros, e não conhece esta gente senão Tete, Sena e sobretudo o nome de Gouveia. Empregam varias palavras portuguezas. Estranhei ouvir-lhes dizer quando fallavam commigo: senhor, pois que os nossos pretos nas cidades, e os proprios brancos fallando de outro branco com os pretos, fazem uso da palavra mosungo.

Manuel Antonio de Sousa, chamado pelos cafres Gouveia, foi nomeado capitão mór de Manica e Quiteve, e veiu assentar a sua casa na serra da Gorongosa, em uma posição naturalmente fortificada por tal modo, que um homem resolvido a defender-se não tinha mais a temer n'esta base de operações os ataques dos landins.

João Gouveia, depois d'um suspiro consolado, pousou na bandeja o copo que esvasiára d'um trago e interpellou Gonçalo: Vamos a saber! Então n'outro dia que historia phantastica foi essa d'uma festa na Torre, com senhoras, com a D. Anna Lucena?... Eu não acreditei quando o pequeno do Gago me encontrou, me deu o recado. Depois...

Não é um cenaculo, nem uma academia, é um cercle algo espiritual, onde a alegria tem especialmente o seu logar. Pois n'uma d'essas cavaqueiras abordou-se o assumpto pintores e amadores, e entre outros nomes veiu á tela da discussão o nome de Alberto Ayres de Gouveia, que um dos circunstantes conhecia perfeitamente.

E o Gouveia, no meio da sala, com um gesto convencido e superior: Nem admira! Estas mulheres muito formosas são insensiveis. Bellos marmores, mas frios marmores... Não, Gonçalinho, para o sentimento, e para a alma, e mesmo para o resto, venham as mulheres pequeninas, magrinhas, escurinhas! Essas sim!... Mas os grandes mulherões brancos, do genero Venus, para vista, para museo.

Mas no quarto, que se povoou de Sombras, começou para elle uma noite revôlta e pavorosa. André Cavalleiro e João Gouveia romperam pela parede, revestidos de cótas de malha, montados em horrendas tainhas assadas! E lentamente, piscando o olho máo, arremessavam contra o seu pobre estomago pontoadas de lança, que o faziam gemer e estorcer sobre o leito de pau preto.

E atravessava o Largo do Chafariz quando descortinou o desejado Gouveia, á porta muito alumiada da loja de pannos do Ramos, conversando com um homemzarrão de forte barba retinta e de guarda-pó alvadio. E foi o Gouveia, que, de dedo espetado, investiu para Gonçalo: Então, sabe? O quê? Pois não sabe, homem?... O Sanches Lucena! O quê? Morreu!

Gonçalo protestou logo, com uma palmada no selim: Não senhor! Faça o obsequio de dizer ao Snr. João Gouveia que não quero que se prenda o homem! Foi atrevido, apanhou uma dóse tremenda, estamos quites. Mas Snr. Goncalo Mendes... Pelo amor de Deus, amigo Godinho! Não quero, e não quero... Explique bem ao Snr. João Gouveia... Detesto vinganças.

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