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Atualizado: 19 de junho de 2025
E mais vou vestir agora A quem vos dá tão má vida. Ficae-vos, Senhor, embora. Nessa ide vós, Senhora, Que ja vos tenho entendida. FILODEMO só. Ora se póde isto ser Do qu'esta moça me avisa, Que a Senhora Dionysa, Por me ouvir, se fosse erguer Da sua cama em camisa! E diz que mal me não quer. Não queria maior gloria; Mas o que mais posso crer, Que nem para lhe esquecer Lhe passo pela memoria.
E vós, filho, não cuideis Que a gloria de vos achar Não he tanto d'estimar, Qu'em qualquer 'stado que esteis, Não folgue de vos levar. Solina, Dionysa e Filodemo. Eis Filodemo lá vem: Asinha acudio ao leme. Isso he de quem quer bem; Mas não sei se o vio alguem, Porque quem espera teme. Agora me quizera eu Daqui cem mil leguas ver.
Porque não basta que lhe dê a Fortuna gostos tão medidos sôbre o funil, que lhe põe nos braços Dionysa, a mais formosa dama que nunca espalhou cabellos ao vento, senão ainda para o assegurar em sua boa ventura, lhe vem a descobrir, que he filho de não sei quem, nem quem não. Esses são outros quinhentos. Cujo filho dizem que he? que eu ouvi ja sôbre isso não sei que fábulas.
Ja vos dei conta da pouca que tenho com toda a outra cousa que não he servir a Senhora Dionysa; e postoque a desigualdade dos estados o não consinta, eu não pretendo della mais que o não pretender della nada, porque o que lhe quero, comsigo mesmo se paga; que este meu amor he como a ave Phenix, que de si só nasce, e não de outro nenhum interesse.
Ora deixa-me ir a ver o rosto a esse velhaco de Filodemo; pois de meu matalote se me tornou Senhor. Creio que vem o Senhor Dom Lusidardo: dissimulemos. Dom Lusidardo com Venadoro, que traz Florimena pela mão, e Filodemo a Dionysa. Quem não ficará pasmado De ver que por tal caminho Tẽe a Ventura ordenado Filodemo, meu criado, Vir ser meu genro e sobrinho!
Se he doudice, como em tudo A vida me abraza e queima, Ou quem vio n'hum peito rudo Desatino tão sisudo, Que toma tão doce teima? Ah Senhora Dionysa, Onde a natureza humana Se mostrou tão soberana! O que vós valeis me avisa, Mas o qu'eu peno m' engana. Solina e Filodemo. Tomado estais vós agora, Senhor, co'o furto nas mãos. Solina, minha Senhora, Quantos pensamentos vãos Me ouvirieis lançar fóra?
Vilardo, Solina e Dionysa. Senhora, o Senhor seu pae, Mesmo de Vossa Mercê, Ja lá para casa vae: Por isso, Senhora, andae, Que elle me mandou n'hum pé; E diz que fosse jantar Vossa Mercê mesmamente. E ja veio do pomar? Oh quem pudéra escusar De comer, nem de ver gente! S'ella sem vontade anda, Eu lh'emprestarei vontade, Empreste-m'ella a vianda.
Vou, porque vos confesso que neste caso ha muita dúvida entre os Doctores: assi que vos conto, que estando esta noite com a viola na mão, bem trinta ou quarenta legoas pelo sertão dentro de hum pensamento, senão quando me tomou á traição Solina; e entre muitas palavras que tivemos, me descobrio que a Senhora Dionysa se levantára da cama por me ouvir, e que estivera pela greta da porta espreitando quasi hora e meia.
Ora deixae-a ir, que á vinda lhe fallaremos; entretanto cuidarei o como hei de fazer; que não ha mor trabalho para huma pessoa que fingir-se. Dar-lhe-heis esta carta; e fazei muito com ella que a dê á Senhora Dionysa; que me vai nisso muito. Por mulher de tão bom engenho a tendes? E porque me perguntais isso?
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