United States or Iran ? Vote for the TOP Country of the Week !


As grandes Deosas do Ceo, Sentem a setta tyranna Da amorosa inclinação. Diana, com ser Diana, Não se abrasa, não suspira Pelo amor de Endymão? Todos amão: Marilia Desta Lei da Natureza Queria ter izençao? Desiste, Marilia bella, De huma queixa sustentada na altiva opinião. Esta chamma he inspirada Pelo Ceo; pois nella assenta A nossa conservação.

Caro a Fébo, a Filinto, a Lysia, á Fama, Na Lácia Fonte, e Argiva immerso Alfeno , Pelas Deosas Irmãas fadado Ismeno , Em que he Numen Razão, Verdade he flamma: Canóro Melibêo , por quem derrama Invéja, e Glória o néctar, e o veneno; Filósofo Cantor, meu doce Oleno , Doce ao Sócio infeliz, que em ais te chama!

Sigamos eſtas Deoſas, & vejamos, Se fantasticas ſam, ſe verdadeiras, Isto dito velloces mais que Gamos, Selançam a correr pelas ribeiras: Fugindo as Nimphas vão por entre os ramos, Mas mais induſtrioſas que ligeiras, Pouco & pouco ſurrindo, & gritos dando, Se deixão yr dos Galgos alcançando.

Pois como? tão asinha assi s'esquece Huma verdadeira, hum amor fino? BELISA. Oh altas semideas! pois padece Em vosso rio a honra delicada De quem tamanha fôrça não merece: Ou seja por vós, Nymphas, preservada; Ou em arvore alguma, ou pedra dura Me deixai velozmente transformada. ALMENO. Ah Nympha! não te mudes a figura: Nem vós, deosas, queirais qu'eu seja parte De se mudar tão rara formosura.

Amores da alta eſpoſa de Peleo Me fizerão tomar tamanha empreſa, Todas as Deoſas deſprezey do ceo So par amar das agoas a Princeſa: Hum dia a vi coas filhas de Nereo Sayr nua na praya, & logo preſa, A vontade ſinti, de tal maneira Que inda não ſinto couſa que mais queira.

Neſta freſcura tal deſembarcauão Ia das naos os ſegundos Argonautas, Onde pela floresta ſe deixauão Andar as bellas Deoſas como incautas, Algũas doçes Cytaras tocauão, Algũas arpas, & ſonoras frautas, Outras cos arcos de ouro ſe fingião Seguir os animais, que nam ſeguião.

o pastor princípio á contenda, invocando as divindades campestres deste modo: AGRARIO. Vós, semicapros deoses do alto monte, Faunos longevos, Satyros, Sylvanos; E vós, deosas do bosque e clara fonte, E dos troncos que vivem largos anos; Se tendes prompta um pouco a sacra fronte A nossos versos rusticos e humanos, Ou me dai ja a capella de loureiro, Ou penda a minha lyra d'um pinheiro.

Outros por outra parte vão topar, Com as Deoſas deſpidas, que ſe lauão, Ellas começam ſubito a gritar, Como que aſſalto tal nam eſperauão, Hũas fingindo menos eſtimar A vergonha, que a força, ſe lançauão Nuas por entre o mato, aos olhos dando O que aas mãos cobiçoſas vão negando.

Da Veloſo eſpantado hum grande grito, Senhores caça eſtranha diſſe he eſta, Se inda durão o Gentio antigo rito, A Deoſas he ſagrada esta floresta: Mais deſcobrimos do que humano eſprito Deſejou nunca, & bem ſe manifeſta Que ſam grandes as couſas, & excellentes Que o mundo encobre aos homẽs imprudẽtes.

Qual o bando das pombas quando sente A rapida aguia, cuja vista pura Não obedece ao sol resplandecente; Empresta-lhe o temor da mortedura Nas azas novo alento; e, não parando, Veloz rompendo o ar fugir procura: Dest'arte as deosas timidas, deixando De seu despôjo os ramos carregados, Nuas por entre as sylvas vão voando.

Palavra Do Dia

rivington

Outros Procurando