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Atualizado: 2 de outubro de 2025
Um dia a desgraça, no outro a desgraça... Aquella sombra é a minha! aquelle homem sou eu!... Falo. De subito a minha vida surgiu-me como um d'esses dias d'inverno, pardos e monotonos, em que até o resquicio de sonho, que acaso coube em sorte ás pedras, se concentra adormecido.
Portugal, é mister, que tu recobres Teus foros sociaes, sem prejuizo Dos que nascem... nem haja humildes, pobres; Sejam nossos brazões: honra, juizo; A terra fique livre, os bens communs, E p'ra todos acabem os jejuns. Bem nos basta aturar o rei do dia, Que d'inverno a soslaio nos visita, E de verão nos abrasa em calmaria.
E, como isto estranhasse, a musa me explicava: O azeite litt'rario de preço não baixava: assim, cada luz tinha apenas a ração igual á d'aguardente que d'inverno dão aos soldados da Parvonia, filhos de Marte; que muito de proposito em aquella parte se punham as luzes em menos quantidade, a fim de mais brilhar a interna claridade... é a arte dos effeitos, a arte phenom'nal, a grande alavanca do moderno ideal.
D'aqui a dias, porém, por collina e valle, só haverá a triste nevoa humida que dura mezes, ou a neve redemoinhando ao vento... Esta monotonia, que começa escurecendo os campos desde novembro, vae causar este anno uma innovação excellente nos costumes sociaes da Inglaterra. Vae haver, de dezembro a maio, uma estação d'inverno em Londres.
Á cerração matinal succedera um sol frio d'inverno, que dava vontade a gente improvisar pic-nics á beira-mar, fóra da cidade, longe dos botequins e das brasseries, nalgum verde recanto onde houvesse bastante quietação e muita agua, n'um logarejo calmo de suburbio d'onde se podesse ver ao longe, mas muito ao longe, a miniatura da cidade soturna e cansada...
Onde o Estio a cantar longos meses se esquece, E onde o Sol não é só lampada que illumina, Mas o Ágni creador que tudo anima e aquece! Debalde, sobre mim, na sua graça divina, Almas puras, abrindo a plumagem das asas, Com o ardor que nenhuma angustia contamina, Espalham no meu lar como um calor de brasas... Para fundir de todo esta geada tão densa, Só tu, meu claro Sol, que até d'inverno abrasas!
«P. S. A criança morreu tambem, já se enterrou.» Fechou a carta com uma obreia preta; e depois d'arranjar os seus papeis, foi abrir o grande portão chapeado de ferro, olhar um momento o pateo, o barracão, a casa do sineiro... As nevoas, as primeiras chuvas já davam áquelle recanto da Sé o seu ar lugubre d'inverno.
Maldito sejas tu em tudo que fôr santo, no fundo do teu copo, á sombra até no estio!... *Terceiro Perseguido* Maldito sejas tu, á chuva, ao vento, ao frio, no teu caminho escuro e cheio de terrores! Maldito sejas tu na Primavera em flores, no entardecer do Outomno ou no luar d'inverno! Maldito sejas tu na Terra ou no Inferno! Que a execração do mundo echoe aos teus ouvidos!
No alto frio do monte a capellinha da Senhora, com a sua cruz negra, parecia mais triste ainda, branca e nua, entre os pinheiros, quasi a sumir-se na nevoa; e adiante, onde estão as rochas, gemia e rolava, sem descontinuar, um grande mar d'inverno. Á noite, no quarto de engommar, a minha criada Gervasia sentou-me no chão, embrulhado n'um saiote.
Escutei, olhei: a roldana do poço, áquella hora do meio dia, rangia devagar, no pateo: sob as amoreiras, ao longo da arcaria do claustro, seccavam em papel sêda as folhas de chá da colheita d'outubro: da porta meio cerrada da aula vinha um susurro lento de declinações latinas: era uma paz severa, feita da simplicidade das occupações, da honestidade dos estudos, do ar pastoril d'aquella collina, onde dormia, sob um sol branco d'inverno, o burgo religioso... E com aquella serenidade ambiente, pareceu-me receber na alma, de repente, uma pacificação absoluta!
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