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As flores, para serem justas, deviam-lhe essa homenagem, minha senhora declarou o hóspede. O chuveiro das pétalas continuava sempre, cobria duma geada aromática os cabelos de Júlia, o rosto da criança. As bôas fadas saùdam a princesa, sua afilhada, e o principe dilecto! observou Nuno, enternecido.

O sol doira Seu cabello, Que tem a côr da geada: Para passar o novello, A velhinha De vez em quando sustinha A gemente dobadoira, Em que anda branca meada. Na dobadoira que gira, Como a mente que delira, Nem toda a attenção pondo; Nem no novello redondo, Augmentando Ao passo que o fio tira, Todo o seu cuidado emprega! Pobre e cega, Anciada, de quando em quando Com que tristeza suspira!

Criança, eu, á janella, olhava com certo prazer o movimento do largo, quasi deserto áquella hora nos dias de trabalho. Em frente, a estrada em sombra era toda branca ainda da geada da noite. Da fonte vinha uma grande alegria de vozes femininas, que riam alto, n'um bem estar de vida satisfeita.

Mas todas as sensações que me deu eram afinal acasos da sua carne abençoada. Approximei-me daquella alma que me pareceu transparente como a agua dum ribeiro. Era geada insoluvel, crystal espelhante, mas denso, que contrafez dolorosamente a minha doce imagem amoral.

Onde o Estio a cantar longos meses se esquece, E onde o Sol não é lampada que illumina, Mas o Ágni creador que tudo anima e aquece! Debalde, sobre mim, na sua graça divina, Almas puras, abrindo a plumagem das asas, Com o ardor que nenhuma angustia contamina, Espalham no meu lar como um calor de brasas... Para fundir de todo esta geada tão densa, tu, meu claro Sol, que até d'inverno abrasas!

A minha alma immortal n'este exilio onde existe, Abrigando no seio a ideaes tão risonhos, E entre os homens vendo um sarçal ermo e triste, Onde outro'ra plantára o jardim dos seus sonhos: Teve a sorte cruel d'uma flôr, que enganada Pelos raios do sol, ainda inverno e entreabrio; Mas que dias depois, co'o cahir da geada, E o soprar do nordeste, afinal, succumbio!...

Nada mais commovente do que a infancia e a velhice quando se amam e se comprehendem; tem ambas uma frescura juvenil, o frescor dos orvalhos doirados da alvorada e da geada nocturna, a luz e sombra formando um brando crepusculo em que se scisma sonhando alegrias por vir e illusões que não tornam.

Não teremos que discutir-lhe qualidades da madeira, quando em materia de clima é de todo esquivo. Exemplares magnificos, com mais de 5 metros de altura, gelaram até ao colo da raiz desde que sentiram um inverno rigoroso. Depois d'isso, rebentam e crescem; mas, quando de novo vem um inverno em que a geada abunda, voltam á primeira fórma, ao rez-do-chão.

E, por isso, e porque a vejo indicada para regiões sêccas, livres de geada, a ninguem darei de conselho que se aventure a plantal-a, tanto mais que a madeira é boa, mas não superior á de outras especies que pódem bem com os rigores do nosso clima.

Emquanto a vós, moços, esperae que vos digam o vosso destino. Era na madrugada de 25 de março de 1732. Regorgeavam os festeiros da primavera, os passarinhos emboscados no arvoredo dos quintaes. A geada branquejava as ruas, e do lado da rua assoprava frigidissimo vento. As meninas aconchegavam das faces escarlates os capuzes das mantilhas. A mãe ia aquecida no banho ardente das lagrimas.

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