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Atualizado: 14 de julho de 2025


Com seu manto branco de burel grosseiro, Cans de puro arminho, baculo na mão, Alembrava um santo feito pegureiro, Que eu desejaria sobre o altar cruzeiro D'uma ogiva d'astros, em adoração! Centenario quasi, recordava aspectos De lendario tronco n'um feliz vergel, Moribundo em meio de seus verdes netos, Com a Providencia a agasalhal-o em fetos, Com abelhas d'ouro inda a nutril-o a mel,

Ai ao relento, ai ao relento as bisavós dormindo!... Cama de rosas, sobre-ceo d'astros!... que sonho lindo!... Cahi cantando, Cahi mas brando, muito brando, Misticas nevadas do luar de prata! Linho da candura do luar de prata! Angelus da ermida do luar de prata! Extasis boiando, sagrações ondeando No luar de prata!...

Toc, toc, é noite... ouvem-se ao longe os sinos, Moleirinha branca, branca de luar!... Toc, toc, e os astros abrem diamantinos, Como estremunhados cherubins divinos, Os olhitos meigos para a ver passar... Toc, toc, e vendo sideral tesoiro, Entre os milhões d'astros o luar sem veo, O burrico pensa: Quanto milho loiro!

Vem um anjo abril-as; a ceguinha mansa Põe-se de joelhos, em adoração... Diz-lhe o anjo: Toma, guarda esta lembrança: Uma palma d'astros, a luzir Esp'rança, Que á velhinha humilde levarás na mão! E, ave pressurosa recolhendo ao ninho, com alimento para os filhos seus, Eil-a que regressa por egual caminho, E vem dar-te, ó santa, côr de jaspe e arminho, Tão amada ofrenda que te envia Deos!...

liberto agora da Ilusão do mundo Fez-se em anjo branco, inda outra vez pastor: Milhões d'astros seguem seu olhar jocundo, São rebanhos d'almas pelo azul profundo As ovelhas novas do Ti Zé-Senhor!... Dezembro, noite, canta o galo... Rouco na treva canta o galo... Oh, dor! oh, dor! Aldeão não durmas!... Vae chamal-o, Miseria negra, vae chamal-o!... Oh, dor! oh, dor!

E o mundo e os mundos a girar na altura Como vós, ó velhos, morrerão tambem... Blocos de materia fria, sem verdura, Errarão na vaga imensidade escura, Cemiterio d'astros que nem cruzes tem!... Dormirão? oh, nunca!... vão eternamente Circular na eterna vida universal: Nebulosa fluida, lavareda ardente, Lodo, o mesmo lodo, como antigamente, Com os mesmos dramas entre o Bem e o Mal!...

Ella o resto fará; porque a seu braço Reis não resistem, não resistem povos: Um raio a nuvem parte e deixa o espaço Coalhado d'astros que parecem novos: Põe ao sol, que o fecunde, o simples traço, Como a grande avestruz os grandes ovos; E quem depois no mundo a luz lhe apaga? Ninguem apaga a luz que o mundo alaga.

Como hei-de eu, que vivo em cima, pobre, com este casaco que de gasto nem sequer me aquece, comprehender a existencia?.... D'um lado estou eu, miserrimo, do outro um turbilhão d'astros... Quantas riquezas!

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