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Atualizado: 4 de junho de 2025
A prisão, a velhice, os maus tratos, os antecedentes da sua vida agitadissima, cortada de trabalhos, os annos de missionario, tudo concorreu para tornar inevitavel esta loucura. O processo foi summario e toda a responsabilidade d'elle cabe ao repugnantissimo cynico que a maior parte dos historiadores consideram ainda como um illuminado.
Chamavam-lhe cynico, e elle gloriava-se do nome. A sociedade nunca o maltratára, mas elle dizia que tinha uma vingança solemne a tirar da sociedade. Algoz da honra de muitas familias, a sua guilhotina era a calumnia, quando não podia mostrar as mãos salpicadas do sangue das victimas.
E és tu quem me falla em vingança; tu, Alfredo, a quem eu, ainda pura, loucamente entreguei o meu coração e o que é mais ainda a minha honra... tu! o miseravel, que jurando amar-me te rias de mim nos botequins e nos restaurantes; tu, emfim, o cynico seductor da minha ingenuidade e da minha singelesa... oh! não... por Deus, não...
A verdade, esse grande dom do mundo, No peito dos malvados crava a fundo O punhal do castigo merecido! E ai de si, miseravel! se vencido Ficar na falsa lucta que travou! Ai de si, se, p'ra mim, Deus evocou A redempção, á face do mysterio Que lhe auctorisa tão cynico imperio D'insidiar, lançando-me labeus Que apenas tanto o attingem e são seus! Pois bem!
Que malandro! O real amo de Sebastião de Carvalho era elle mesmo. O cynico considerava-se mais rei do que o proprio rei, e quando via indisciplinas contra os seus decretos, punia-as como crimes de lesa-magestade.
Mas não era ella, não, aquella magra loirinha, que fazia aquelle milagre; oh, é por que tinha um bom marido, isso sim! e comparava-o Alberto com o Doutor, fazendo-lhe a saliencia dos defeitos, dos vicios que todos os dias se iam revelando com um impudor cynico
Homem indigno da nossa estima! exclamava D. José de Noronha Grande cynico! podes tu negar aos teus amigos dous minutos do innocente prazer de ouvirem o estylo d'uma Sevigné provinciana, que, para ser mulher de época, só lhe falta affeiçoar-se a um homem que lhe rasgue os horisontes d'um destino esplendido!? Venha a carta! A carta! a carta! exclamaram todos, empunhando os copos.
Quando ha portuguezes nos desterros de Africa e nas amarguras do exilio que ainda soffrem duramente as consequencias de um corajoso e mal succedido impulso que os levou a romper as fronteiras da legalidade, a qual é muita vez a mordaça do direito; quando o pensamento é apenas tolerado e as liberdades publicas são consideradas como alto favor dos dirigentes; quando, olhando para a tribuna parlamentar, ella se vê deserta e chega mesmo a parecer que ella é morta; quando a reacção clerical vae já, ousadamente, dispondo com espavento as suas forças á plena luz do sol, merecendo até os applausos e as adhesões officiaes; quando a Inglaterra nos enxovalha mais uma vez com o mais cynico desplante; quando a Allemanha entra tambem pelos nossos dominios descurados e ahi se estabelece, d'elles aferrando um largo torrão nas suas garras rapaces; quando a França, rompendo com as suas tradições de cortezia, nos trata duramente e com o pungente desdem de crédor poderoso para com devedores trapaceiros; quando o Brazil, senhores, o Brazil que nós descobrimos, o Brazil a que tantas tradições de gloria, de sangue, de affectividade e de interesses nos prendiam e prendem ainda; o Brazil, ferido na sua hospitalidade, affrontado no seu pundonor, expulsa summariamente dos seus territorios a nossa bandeira; quando tantas calamidades e tantas vergonhas se succedem incessantemente n'um turbilhão mais vertiginoso que o dos mortos no celebre lied allemão; vir commemorar o nome de José Estevão implica fatalmente a indicação para se organisar quanto antes e com a energia das supremas crises o patriotico movimento que nos redima e arranque a esta apathia miseravel em que vamos vegetando.
O homem, que vê o seu nome malbaratado, a sua honra vilipendiada; sem ter uma mão caritativa, que lhe sirva de luz por entre as fragas estereis da vida; sem mesmo um refrigerio para as chagas do seu pobre coração; sem uma esperança, ao menos, que lhe acalente os sonhos radiosos do existir durante o correr tempestuoso, que vai do berço á sepultura: esse homem, digo, descrê da Providencia; torna-se cynico; e vai buscar na ponta d'um punhal aquillo que não pôde encontrar no meio d'essa sociedade estulta e devassa.
Ó banheiro!... Vamos lá, que nos foge o mar... Eduardo. Visto que eu sou o cynico, e os virtuosos são estes, passo a ser um pouco mais virtuoso que elles, para que elles sejam cynicos como eu... Alguma vez hei-de atinar com a virtude... A verdadeira acho que é a d'elles... O genero não é caro... Veremos...
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