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Atualizado: 24 de julho de 2025


Aho que ElRei respondeo: «Que lhe agradecia muito taal confiança, e quando suas forças, poder, e sabeer pera esso lhe comprissem, que nunqua com tudo lhe faleceria, como pelas obras poderia ver.» E com esto concordado ha Rainha, e ElRei D. Diniz se tornaram pera Portugal, e sobre esto passado logo da i ha pouquos dias hos dictos Ifantes D. Pedro, e D. Johaõ tutores, e juntamente com grande poder entraraõ na Veiga de Grada, pera fazerem guerra ahos Mouros, onde seendo elles perseguidos ambos dafronta, e desmaio, e seem seer feridos morreram em huma soo hora, ha saber ho Ifante D. Pedro, e logo ho Ifante D. Johaõ, como atraaz brevemente jaa dice, e na Coronica de Castella mais compridamente se contem da quaal morte dos Ifantes como ElRei D. Diniz foi sabedor, mostrou receber por esso sentimento, porque eram boons Princepes, e com elle muito conjuntos em sangue, e logo enviou seus Embaixadores ha ElRei, e aa Rainha de Castella, ha notifiquarlhe, que da morte dos Ifantes, lhe pezava muito porque eram boons Cavalleiros, e aviam com elle tam grande divido, e que pois era chegado ho tempo em que lhe compria sua ajuda, e favor, que lhe tinha ofrecido, lhes pedia que lhe fizessem sabeer ho que delle lhes compria, e que fossem certos, que elle em pessoa, e com ajuda, e poder de seus Regnos, contra todos hos iria ajudar, e ElRei, e ha Rainha lhe responderaõ, que taal lembrança com taal vontade, e ofrecimento lhe gradeciaõ singularmente, que eraõ sinaaes com que ho cazo parecia, que lhes tinha grande amor, e que quando lhes comprisse ho enviariam requerer.

Como El-Rei de Portugal foi em posse pacifica, o Mestre Dom Payo Correa se tornou a seu Mestrado, e deu conta a El-Rei Dom Affonso de Castella de todo o que era passado, o qual para mais firmeza, e maior seguridade das condições com que a El-Rei seu genro fizera sua doação do Algarve, houve por bem, que o dito seu genro as prometesse, e segurasse com menagem, e juramento em sua propria pessoa, para que o dito Rei Dom Affonso de Castella enviou a Portugal com seu poder abastante ao Ifante D. Luis seu irmão, que diceram de Pontes, filho del-Rei Dom Fernando, e da Rainha Dona Joana sua segunda molher, filha do Conde Dom Simão de Pontes, e sobrinha del-Rei Dom Luis de França, o qual álem de tomar del-Rei de Portugal todas as seguridades conforme as condições de sua doação, ainda o dito Ifante para maior seguridade, e mais honesta escuza del-Rei D. Affonso de Castella, para os de seu Reino, que o reprendiam, e acuzavam por tal doação, quiz que todas estas Villas e Castellos fossem, como foram logo entregues a João de Boim, e Pedro Annes, seu filho, Vassallos e naturaes del-Rei de Portugal, que eram pessoas de limpo e nobre sangue de grandes cazas, para que por elles os tivessem de fieldade com menagem de juramento que fizeram, que quando el-Rei de Portugal não comprisse a condição dos cincoenta Cavalleiros, que a El-Rei de Castella em sua vida havia de dar, que elles com suas pessoas, e com as ditas Villas e Castellos servissem a El-Rei de Castella, e comprissem inteiramente tudo o que El-Rei de Portugal era neste cazo obrigado a cumprir.

No tempo, que hos ditos cazamentos antre estes Reis, e suas vistas se concordáram, foi logo acordado, e assentado pera moor firmeza do cazamento do Ifante D. Fernando com ha Infante Dona Costança, porque em algum tempo nom ouvesse causa, nem razam pera se leixar de fazer, que ElRei D. Sancho pozesse loguo, como poz em poder, e fieldade de Portugueses estas suas Cidades, Villas, e Castellos, ha saber, Badalhouce, Moura, Serpa, Caceres, Broguilhos, Acharces, Aguilar de Neiva, com tal condiçam, que se ElRei D. Sancho, e ha Rainha Dona Maria sua molher, ou aquella ha que ho Ifante D. Fernando tevesse em seu poder, nom comprissem, e fizessem fazer, ou ho mesmo Ifante aho tempo que era limitado, nom quizesse cazar com ha dita Ifante, que nestes casos hos ditos Portugueses, que hos ditos Castellos tinham, hos entreguassem loguo aho dito Rei de Portugual pera sempre de seu Reino, e Senhorio, e mais que depois do cazamento ser assi feito se ho dito Ifante D. Fernando leixasse ha Ifante Dona Costança sua molher, e lhe nom desse de suas arras des mil maravedìs douro, em que se concordaram, que neste caso tambem hos ditos Castellos de Castella se entreguassem ha Portugual.

Deste requerimento prouve muito a El-Rei Dom Affonso, que por Reaes condições que muitos lhe entrepetraram a vaidades, e desordenada cobiça de gloria foi o mais nobre Rei de Castella, e querendo em todo satisfazer á Rainha sua filha, lhe mandou logo passar sua Carta patente, e selada de seu selo de chumbo, por a qual fez solenne, e firme doação ao dito Rei Dom Affonso Conde de Bolonha, seu genro, e ao Ifante D. Diniz seu filho, e a todolos filhos, e filhas que delles decendessem para sempre do Reino do Algarve com seu inteiro Senhorio, e com todolos Lugares delles ganhados, e por ganhar, com tal condição que o sobredito Rei de Portugal, e seus filhos, fossem obrigados a dar de ajuda ao dito Rei Dom Affonso de Castella em sua vida sómente cincoenta Cavalleiros, quando lhos requeressem, contra todolos Reis Despanha, e além desta doação El-Rei de Castella mandou fazer outras Cartas para o Mestre Dom Payo Correa, e para outros grandes Cavalleiros, que com elle andavam no Algarve, porque lhe notificou esta doação, que tinha feita, e lhes mandou que a comprissem, e porque El-Rei Dom Affonso folgava com a vista, e conversação da Rainha sua filha pola grande afeição que a ella tinha não lhe deu lugar que logo se tornasse a Portugal como ella quizera, pelo qual elle mandou as sobreditas Provisões a El-Rei Dom Affonso seu marido, que como as recebeo alegre com tamanha, e tão honrada, e tão dezejada doação, notificou tudo ao Mestre Dom Payo Correa, a que desso prouve muito, porque tinham antre si muito conhecimento, e grande amizade.

E porem mandamos a todolos offiçiaes, que polo tempo forem das Cidades, Villas, e Lugares de nossos Regnos, e a todolos moradores delle, e a todolos Juizes, e Justiças, Regedores das Casas da Sopricação, e do Civel, e Desembargadores dellas, Corregedores da Corte, e Comarcas, e aos que carrego teverem de Veedores da nossa fazenda, e aos Contadores, e outros offiçiaes della, e a outros quaesquer que outros officios alguns em nossos Regnos tem, que fação, e cumprão tudo o o que lhes o dito Duque em nosso nome mandar assi, e tão compridamente, como o farião se lho nos per nossa pessoa mandassemos, e isso mesmo mandamos a todolos Alcaydes das fortalesas de nossos Regnos que o acolhaõ, e reçebaõ em ellas seu fato emparelhado, e o leixem hi estar como, e quanto lhe prouver, sem alguma duvida, ou pejo que a ello ponhaõ, sendo certos todolos sobreditos, e cada hum delles, que nom comprindo em todo o que lhe aqui mandamos, ou em alguma cousa nom obedecendo ao dito Duque, ou contrariando os seus mandados, que nos lho estranharemos muj gravemente, e lhe mandaremos per ello dar asi graves penas, como se nossos proprios mandados nom comprissem, ou a elles contradissessem; e hum, e outros al nom façades.

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