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Atualizado: 23 de junho de 2025


Os Açores, Madeira e Porto Santo, Pelo arrojo de Zarco e Tristão Vaz, Surgem formosas, como por encanto, Ao que, por descubril-as, tanto faz. Leva a Ceuta os seus feitos e, no emtanto, Sempre no seu intento firme e audaz, Segue lançando o penetrante olhar, As ondas do attrahente e vasto mar!

D. Affonso V leu isto, que foi escripto na sua propria casa acabousse esta obra na livrarya que este Rey dom Affonso fez em Lixboa e sentiu, porventura, passar ainda por diante dos olhos o vulto d'esse cavalleiro fascinante, que elle quiz por força vêr quando D. Alvaro ia caminho da Ameeira, e que tamanha influencia exercia no seu juvenil espirito, que os inimigos do infante D. Pedro, quando o conde de Avranches regressou de Ceuta pela segunda vez, julgaram conveniente a seus fins levar o rei para Cintra, de modo a evitar nova entrevista.

Quando, em 1415, o Infante D. Henrique regressou da conquista de Ceuta, o theatro do mundo physico certamente apresentava ao seu espirito uma scena de grande confusão: por um lado o que se suppunha ser a sciencia positiva geographica do tempo; por outro as lendas que quasi tinham fóros de verdades; por outro ainda os absurdos que a um espirito esclarecido se patenteavam, resultantes do combate entre essas lendas e as probabilidades de certeza.

Em 1415 é tomada Ceuta á força de armas; em 1418 descobre Gonçalves Zarco a ilha de Porto Santo e no anno seguinte a Madeira, sob os auspicios do infante D. Henrique, em 1433 morreu D. João mas deixou em seu filho D. Duarte digno sucessor. Em 1444 é descoberto o archipelago dos Açores, e no anno immediato o de Cabo Verde.

«D. Alvaro Vaz estava então militando em Ceuta, e esse homem de nobilissimo caracter, que, emquanto D. Pedro foi feliz, se conservou afastado, voltando até, segundo todas as probabilidades, ao estrangeiro, porque não é natural que em 1445 Henrique VI de Inglaterra lhe conferisse todas as graças que dissemos, na sua ausencia, D. Alvaro, apenas soube o que se tramava contra o seu irmão de armas, veio logo para Portugal...»

E o que de sua contrariedade e contumacia se pôde n'este caso verdadeiramente entender, foi que claramente lhe pesava entregar-se Ceuta aos mouros, e nos modos que sempre teve para se não acabar pareceu mui claro que a causa d'isto era, porque com a necessidade da guerra de Ceuta ocupava assi os sentidos do povo infiel, que lhe não dava lugar acabarem de poder entender e remediar os grandes males de sua tirania.

Como ao viandante solitario nos plainos da Mesopotamia, parece-nos que sómente em volta se nos deparam saudosas e melancolicas as memorias do glorioso imperio portuguez. Onde está Ceuta, em cujas muralhas o rei cavalleiroso e os seus esforçados paladinos, renovando com melhor fortuna e discrição o antigo duello entre a christandade e o islamismo, hastearam seguramente o estandarte portuguez?

Vinha por ahi a Portugal o commercio das Indias, como D. Henrique pensára? Não. Monopolisado pelos arabes no Oriente, logo que Ceuta foi para elles perdida, desviou-se para outros portos do Mediterraneo. Varrida essa illusão, que restava?

Batemos com os contos das nossas lanças ás portas de Ceuta, de Tanger, e d'Arzilla, e os bastiões africanos cediam aos nossos esforços. Aportamos em Calecut, Cochim, Gôa, Malaca e Ormuz e o Oriente dobrou-se á nossa vontade. Que importa, que os cabos de guerra tenham os louros das victorias, e das conquistas? A gloria é nossa.

E aos quatro dias do mez de Dezembro o Infante partiu d'Alcacere com todolos senhores da hoste, salvo o duque e o conde de Villa Real, que ficaram em Ceuta, e foi correr umas aldêas, que são na faldra da serra de Benaminir, terra muito fragosa e muito povorada, onde segundo fama vive a melhor gente de peleja d'aquella frontaria, de que mataram até duzentos mouros, e trouxeram captivos duzentas e vinte almas com muito gado e outro grande despojo, e se tornou a Alcacere, e dos christãos por máo resguardo morreram até quinze.

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