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Atualizado: 23 de julho de 2025


Essas guerras de França, começadas havia tres annos, tinham de durar meio seculo, e talvez os viajantes partissem com idéa de tambem intervir n'ellas. Alvaro Vaz, cavalgando ao lado do infante, contar-lhe-hia os casos de bravura presenciados no dia famoso de Azincourt; e D. Pedro, em volta, lhe diria como fôra a jornada de Ceuta n'esse proprio anno» .

E n'este reino e em Ceuta sendo de suas necessidades sabedor D. Fernando de Noronha, primeiro conde de Villa Real, e segundo capitão da dita cidade; porque era de real sangue e mui nobre coração; principalmente porque El-Rei D. Duarte o criara e acrecentara com muito amor, e asi por elle ter com a Rainha divido mui conjuncto, a mandou visitar e ajudar com uma boa somma d'ouro amoedado, de que por sua nobreza e bom conhecimento foi de todos e mui louvado.

A Hespanha fronteira, senhora de Melilla e de Ceuta, ainda não ha muitos annos fez alli ensaio da sua pujança militar, ostentando n'uma guerra a força do seu poder, e revelando as vistas da sua politica previdente.

João Vaz de Almada levou a Ceuta os seus dois filhos, Pedro e Alvaro, que, depois da victoria, ahi foram armados cavalleiros: Pedro pela mão do infante D. Duarte, herdeiro da corôa ; e Alvaro por mão do infante D. Pedro.

Vieram ainda mais sessenta lanças, com os respectivos cavallos e armaduras, a bordo de dois navios portuguezes, de que eram mestres João Affonso e Egydio João. João Vaz de Almada acompanhou D. João I na viagem a Ceuta. Conta Fernam Lopes que, tendo alguem visto um grande bando de pardaes sobre o castello d'aquella cidade, dissera: Não vêdes como aquelles pardaes alli estão assocegados?

D. João I deu a capitania e guarda da fortaleza de Ceuta a João Vaz de Almada, que a teve até á partida d'el-rei para o reino, ficando depois a cidade entregue a D. Pedro de Menezes, que foi o primeiro capitão d'ella. Recolhendo a Portugal, João Vaz de Almada, malquistado, por motivos desconhecidos, com Gonçalo Pires Malafaia, esperou-o ás portas da Relação e maltratou-o corporalmente .

E assi fez conde de Monsanto a D. João de Castro, filho do dito conde D. Alvaro. E edificou a dita misquita em casa de oração da avocação de Nossa Senhora, Santa Maria da Asumção; porque n'aquelle dia partio de Lisboa para tomar a villa, e em tal dia partio El-Rei D. João seu avô, quando tomou a cidade de Ceuta, e em tal venceu a batalha real, e em tal dia falleceu, e em tal dia nasceu.

Com a deshumanidade de um apostolo, D. Henrique sacrificava tudo e todos á sua . Por cousa nenhuma consentiria que se entregasse Ceuta: e os reinos do Preste-Johan? e o imperio do Oriente? Homens, familia, palavra, tudo era vão, diante d'essa miragem que, desde tantos annos, lhe punha a cabeça em delirio.

Quem desconhece como aquella honrada velhice acabou amargurada, não querendo nem podendo sobreviver aos affrontamentos do vencedor, depois de tão dilatada e gloriosa carreira principiada em Ceuta?...» Não sou exacto no traslado das assignaturas, porque difficilmente as perceberia quem não tiver lidado, com a calligraphia e abreviaturas d'aquelle tempo.

A opinião do sabio principe D. Pedro era absolutamente verdadeira: nós não tinhamos recursos, no reino pequeno e pobre de gente, para povoar Marrocos; e mudar parte de uma população escassa, de Portugal para a Africa, era trocar «uma boa capa, por um mau capello». Á conquista de Ceuta movera ainda uma illusão: mas agora, varrida ella, as campanhas de Africa eram uma serie de emprezas quixotescas, que viriam a terminar pela doidice varrida de D. Sebastião.

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