Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !
Atualizado: 20 de junho de 2025
Affonso V julgou que o reino de Castella era a nova Africa da sua velhice, e poz-se em campo para conquistar a corôa testada; conquistar, dizemos, porque os castelhanos invocavam contra a beltraneja os mesmos argumentos que, um seculo antes, nós invocavamos contra a mulher de João I, D. Beatriz. Castella offerecia o throno a Isabel, como nós o tinhamos dado ao Mestre de Aviz.
E isto assocegado, no mez de janeiro de tresentos e noventa e nove, foi-se el-rei a Almançan, com muitas companhas que comsigo levava, para entrar no reino de Aragão. E foram d'esta vez em sua ajuda seiscentos portuguezes, e ia por capitão d'elles o mestre de Aviz, Dom Martim de Avelal, bom fidalgo e muito honrado, e de que se todos tiveram por contentes.
Effectivamente, um cavalleiro, chamado Antão Vasques, de Almada acrescentam alguns, commandava a ala esquerda do exercito com o gascão Guilherme de Montferrant . E este mesmo Antão Vasques, depois da batalha, cobriu os pés do Mestre de Aviz com a bandeira real de Castella.
Ousaria ainda alguem conservar duvidas? E apoz isto desenrolava todas as consequencias: a divisão das forças do reino perante o castelhano, inimigo commum; a impossibilidade de acclamar rei um principe preso em Castella, etc. O ataque era irresistivel; e tudo cedeu, declarando-se vago o throno, e elegendo-se para o occupar o Mestre de Aviz, D. João I.
Eram estes guerreiros que faziam aquelles votos denodados, em demanda de cuja execução muitas vezes perdiam a vida: eram estes que, discorrendo pelas terras estrangeiras, ahi deixavam perenne memoria de seus esforçados feitos. Foi na luzida côrte do mestre de Aviz onde achou a cavallaria de toda a Europa o seu Homero em Vasco de Lobeira.
Negar que durante os tres seculos da dynastia de Aviz a nação portugueza viveu de um modo forte e positivo, animada por um sentimento arraigado da sua cohesão, seria um absurdo. Essa cohesão que fôra ganha nas luctas e campanhas da primeira dynastia, perde-se no XVI seculo, por causa das consequencias do imperio oriental e da educação dos jesuitas. Portugal acaba; os Lusiadas são um epitaphio.
O povo quiz antes ficar pequeno em sua casa, do que ir ser grande na casa alheia. Com um mancebo por chefe combateu contra os castelhanos, conteve os naturaes que propendiam para o dominio estrangeiro, e depois de ter vencido as hostes inimigas, poz a corôa portugueza na cabeça do mestre de Aviz. Este principe era bastardo e clerigo. Que importava isso?
D. Lourenço, arcebispo de Braga, azafamára-se para armar as galés que deviam levar estes soccorros, e o mestre de Aviz encarregára Ruy Pereira de uma missiva, em que aos bons burguezes se promettia mil regalias; pois D. João acceitára o conselho de dar tudo o que lhe fosse possivel dar, e prometter até o impossivel.
Á Porta do Olival, da qual como do Postigo do Sol só resta o nome, foi acclamado D. João I. A essa porta foi esperada pelos portuenses, e por ella entrou pela primeira vez na cidade, na occasião das suas bodas com o mestre de Aviz, a rainha Filippa de Lencastre.
O povo ainda fez muito em favor de D. Antonio, prior do Crato, mas este principe não era para tomar sobre os seus hombros a empreza do mestre de Aviz. Só se parecia com elle em ser bastardo e clerigo.
Palavra Do Dia
Outros Procurando