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Se acaso não estou no fundo Averno Padece, ó minha bella, sim padece O peito amante, e terno, As afflições tyrannas, que os Preceitos Arbîtra Rhadamantho em justa pena Dos barbaros delictos. As Furias infernaes, rangendo os dentes Com a mão descarnada não me applicão As raivosas serpentes. Mas cercão-me outros monstros mais irados: Mordem-me sem cessar as bravas serpes De mil, e mil cuidados.

Esperamol-o a sangue frio e logo, peito a peito como varões honrados, procuramos mandal-o de presente ás megeras do Averno quando os punhaes, em vez de toparem carne de christão, encontram o aço de uma saia de malha... Mas, ainda assim, tudo se remediava á maravilha: como os punhaes eram curtos, puchamos das durindanas em guisa de valentes campeões e em poucos minutos dariamos com meia duzia de cutiladas remate á nossa obra se de improviso se não intromette o demonio em favor d'elle.

Soffreo Lysia hum Tremor de terra horrendo, Seguio-se-lhe depois Traição ferina, Rebateo de hum Leão furia, e rapina, E pouco a pouco foi a fronte erguendo: Por morte do seu Rei ficou gemendo, E o Céo, por consolalla, lhe destina Soberana immortal quasi divina, Que em paz o Povo seu ficou regendo: Hum Monstro de ambição, e de vingança Surge do centro do sulfureo Averno, Perde a Europa o equilibrio da balança: Restaura Portugal seu bom Governo; Mas não vêr o seu Rei!.. Esta lembrança O põe banhado em pranto, e em luto eterno.

A demora em abrir a porta, a perturbação d'este lavrador que me parece um contra-regra soffrivel de visões e espectros, certo ar de mysterio e de desconfiança, tudo me faz suppor, que apenas deitarmos a cabeça no travesseiro... teremos logo de a levantar para nos entendermos com as almas do outro mundo. Aposto que em cima os ensaiadores andam a tombos com o averno, ou com o purgatorio?!

Immensa luz, que as carnes desenterra, Lançará fóra as portas vãas do Averno, Hum Justo e outro alçando á santa terra. Outros, que são os maos, no fogo eterno Deitará, descobrindo-se os segredos, E sendo claro todo feito interno. Desfeitos serão montes e penedos, E será tudo pranto e estridor duro; Obras de grande dor e tristes medos.

Basta uma mollecula de liga para depreciar esse metal. Apparece a sombra Senhor, eil-o. Anjos do céu, poderes misericordiosos, protegei-nos. Genio bemfazejo, ou demonio infernal, que exhalas os perfumes celestes, ou as emanações do averno; que sejam sinistras ou caridosas as tuas intenções, appareces-me debaixo de uma fórma tão grata que te quero fallar.

O aconito é conhecido como planta venenosa desde a mais alta antiguidade. Diz uma lenda grega que este veneno nascera no jardim d'Hécate da baba do cão Cerbero, quando Hercules o arrancou da entrada do Averno.

Eis de repente na brilhante Esfera Risonho assoma o dia, a noite fóge; Raia alegre o prazer, somem-se as trévas; Abrem-se as portas do sulfureo Averno, E á feia escuridão as Furias tornão. Esforça-se a razão, estudo, e arte Das garras a salvar a prêza excelsa: Angelico tropel ao leito adeja; Da Sacra Região baixando os vôos Do Vate aos lares, a melhora guia.

Orgão não sou do Averno, o Averno he sonho Para mim, para os meus, não soffro o jugo, Que sobre Corações tão férreo péza. Fantasticos Deveres não me illudem; O sensivel me attrahe, do ideal não curo, de palpaveis bens fecundo a mente; O Bando, que allicio, e que prospéro, Vive em prazeres, em prazeres morre.

Inimiga dos Ceos! és tu, profana! Sacrilega, fallás, blasfemadôra, Peste dos Corações, Orgão do Averno! Vens tambem macular com teus venenos, Com halito infernal, e atroz systema Campos, que meu bafejo Elysios torna! Apparece hum Baixel, donde pouco depois desembarca a Libertinagem com sequito numeroso. Corre para ella. Libertinagem.

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imperceptivel

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