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Atualizado: 23 de junho de 2025


Ao cabo de copioso pranto, Maria afasta do rosto as mãos, e continuando de joelhos, com o olhar vago, como em extasi, as mãos com os dedos enclavinhados sobre o regaço, diz em voz muito dolente: Não me resta uma esperança, Pois não me escuta ninguem! Dorme a eterna Divindade No azul da Immensidade, Nos horisontes d'além, Onde não chega um suspiro, Onde o silencio é profundo. Ha de ser bom tal dormir, Descuidoso do porvir, Descuidoso d'este mundo, N'aquelle reino divino Tecido por andorinhas, Feito para os honrados, Para os bons e desprezados, Para as meigas creancinhas... Tão sereno como o lago Da Galiléa florída, Que se formou por encanto Do arrependido pranto Da mãe Eva arrependida... Parece mesmo que o vejo No seu manto azul. Dir-se-ia Que o firmamento amoroso Teve a alegre fantasía De enviar á terra um beijo Puro, suave, bondoso... Parece mesmo que o vejo.

A Anna do Védor, que não obteve resposta a esta ultima advertencia, sahiu duvidando de que tivesse tirado alguma utilidade do passo que deu junto do fidalgo, e quasi arrependida por o haver dado. D. Luiz ficou por algum tempo, com a cabeça escondida entre as mãos e os cotovêlos apoiados nos braços da poltrona. Até que ponto levareis esta provação, meu Deus?! murmurava elle quasi soluçando.

Thaïs, não; essa arrependida e submissa é em Christo que pensa e a sua alma anceia por desprender-se do impuro corpo, para subir, lavada em lagrimas, ao seio eternamente misericordioso do Homem Divino que perdoou á Magdalena, e que não consentiu que fosse lapidada a mulher adultera pelos que não tinham direito de a julgar.

Castigado!... não ha n'este mundo castigo para tamanha ingratidão... Elle é feliz a esta hora, nos braços de outra, com os carinhos de outra mulher, e eu... aqui, nas agonias da morte, sem poder saber que tempo hão de durar!... Meu Deus, eu morro arrependida de vos ter negado, se me levardes ... E tomando a cruz, que beijava fervorosamente, proseguiu: Levae-me, Senhor... tirae-me d'este inferno, ou fazei que eu endoudeça!

Tambem deixar de a ver he impossivel, Porque sem vella, a dor mais insoffrivel Creio, que dentro n'alma padecesse, Como a flor, que sem Sol murcha, e não cresce. Ah! Se eu agora a visse, e lhe fallasse, Talvez que a meus gemidos se abrandasse: E póde ser, que a achasse arrependida De perder, quem por ella perde a vida. Oh quão feliz seria a minha sorte, Se ella abrandasse aquelle genio forte!

Oh, quanto não seria mais feliz em ter desposado aquelle homem, que agora a ampararia, que a respeitaria sempre como um escravo, que teria por ella todas as attenções delicadas d'uma alma leal; mas era irremediavel, estava unida ao outro!... Ao outro, que differença no confronto!... Sempre fôra bem creança em se apaixonar pelo que suppunha ser o romance da vida!... Oh, como estava arrependida.

A peste assolava o reino; a miseria publica tomava todos os aspectos; o infante D. Fernando, heroe e martyr, jazia captivo em Africa; as prophecias de mestre Guedelha, o astrologo judeu, realisavam-se fatalmente; e as gloriosas recordações de Aljubarrota e de Ceuta tornavam ainda mais duros os flagellos com que a fortuna, como que arrependida de ter sempre protegido D. João I, se vingára em crueldades sobre o seu successor.

Ella chegou a levantar-se para sair; mas, sentou-se outra vez. agora estava disposta a ir ao fim, arrependida e resoluta a chorar comsigo as suas magoas conjugaes. A duvida começou mesmo a entrar nella. Tinha razão no pedido ao marido; mas era caso de doer-se tanto? era razoavel o espalhafato?

Arrependida de ter chamado o castelhano que a desprezava; reconhecendo que erradamente, por uma precipitação, forjára por suas proprias mãos as cadeias do seu captiveiro, vendo agora quanto se illudira, e que erro fôra o seu em não avaliar a justa vitalidade do paiz, tentou ainda urdir uma trama para se libertar, perdendo o genro e a filha.

Marianna viu com espanto a doçura dos olhos de Luiz, e por pouco não cede ao impulso de abraçal-o. A que, momentos antes, tremêra de mêdo diante do malvado, eil-a agora, quasi perdoando, arrependida do criminoso susto que tivera! Quantas mulheres assim! Quantas transfigurações da martyr que pena, para o anjo que perdôa! Quantas lagrimas o homem enxuga com um falso sorriso!

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