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Foi-me dôce, ao penetrar na sala, encontrar os dilectos amigos, com casacos sérios, de , alargando para mim os braços extremosos. A titi pousava no sofá, têsa, desvanecida, com setins de festa e com joias. E ao lado, um padre muito magro vergava a espinha com os dedos enclavinhados no peito mostrando n'uma face chupada dentes afiados e famintos. Era o Negrão.

Ao cabo de copioso pranto, Maria afasta do rosto as mãos, e continuando de joelhos, com o olhar vago, como em extasi, as mãos com os dedos enclavinhados sobre o regaço, diz em voz muito dolente: Não me resta uma esperança, Pois não me escuta ninguem! Dorme a eterna Divindade No azul da Immensidade, Nos horisontes d'além, Onde não chega um suspiro, Onde o silencio é profundo. Ha de ser bom tal dormir, Descuidoso do porvir, Descuidoso d'este mundo, N'aquelle reino divino Tecido por andorinhas, Feito para os honrados, Para os bons e desprezados, Para as meigas creancinhas... Tão sereno como o lago Da Galiléa florída, Que se formou por encanto Do arrependido pranto Da mãe Eva arrependida... Parece mesmo que o vejo No seu manto azul. Dir-se-ia Que o firmamento amoroso Teve a alegre fantasía De enviar á terra um beijo Puro, suave, bondoso... Parece mesmo que o vejo.

Encoste-se ao meu braço! grita Maria Alexandrovna. Um encanto! um encanto! Agora sim, agora começo a viver! Ficou a sós a Zina. Sentia uma oppressão, um desprezo para comsigo mesmo. Com as faces a escaldar, as mãos contraídas, os dentes enclavinhados. Inérte, e a vergonha a arrazar-lhe os olhos de lagrimas...

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