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Atualizado: 5 de julho de 2025


Precipitaram-se para as chalupas, que estavam prestes a partir, e deveram a sua salvação á morte de Magalhães, porque, quando elle succumbiu, os indios correram todos para o logar onde elle tinha cahido. Fernão de Magalhães poderia então, como o infante D. Pedro, em Alfarrobeira, soltar aquella phrase memoravel: Vingar ahi villanagem! Não havia resistencia possivel.

E D. Fernando, o santo, o triste principe captivo que Portugal deixou morrer em poder dos mouros para salvar a honra da patria, como se não fôra irmão de El-Rei? E D. Pedro, o malfadado duque de Coimbra, a victima de Alfarrobeira, de cuja regencia abençoada anda a memoria entre nós na tradicção agradecida? Esclarecidos principes! Os portuguezes quizeram sobreviver á familia real. Não poderam.

Fallemos agora de Alvaro Vaz de Almada, o bom capitão, o heroe famoso de um cyclo de heroes, que deu honra e gloria a Portugal. O snr. Oliveira Martins figura Alvaro Vaz acompanhando o seu dilecto amigo o infante D. Pedro de Alfarrobeira logo ao principio da sua celebre viagem, logo que, como dizia o povo, começou a correr as sete partidas do mundo.

Por D. Affonso V, note-se, por D. Affonso V, que moveu o seu exercito contra o infante D. Pedro, e que tão severo se mostrou com todos os que combateram em Alfarrobeira ao lado do infante.

Assim, na opinião de certos escriptores, e para mais auctorisados, foram os portuguezes os inventores da medida grande, limitando-se os italianos simplesmente a seguir o trilho dos poetas lusitanos. Querem esses que o infante D. Pedro, o das sette partidas e que desastradamente encontrou a morte em Alfarrobeira, haja escripto os primeiros sonetos portuguezes.

Sobretudo, as suas viagens e a sua morte em Alfarrobeira, que tanta impressão causou pelas circumstancias cavalheirescas que a revestiram, despertariam, na imaginação popular, o sentimento do maravilhoso. D'aqui talvez o associarem-n'o á lenda. Mas Alvaro Vaz de Almada não precisa d'essa gloria, aliás duvidosa, porque sobeja gloria lhe adveio dos seus brilhantes feitos e singulares aventuras.

Emquanto o duque de Bragança levantava tropas por sua conta e risco, achava o rei isso muito bem feito; apenas o infante D. Pedro juntou alguns soldados para não atravessar esse reino ao desamparo, logo D. Affonso V entendeu que era caso de rebeldia e traição, e marchou contra elle. Na Alfarrobeira, ali ao de Alverca, se encontraram as tropas de um e as tropas do outro.

Foi ahi, junto ao ribeiro de Alfarrobeira, que n'esse dia, uma terça-feira, 20 de maio, o infante D. Pedro esperou o exercito do rei. O conflicto, rapido e decisivo, devia comtudo ficar memoravel na historia de Portugal. Uma setta, certeiramente despedida, fôra cravar-se no peito do infante, que pouco tempo sobreviveu.

Na batalha de Alfarrobeira, sobre um montão de cadaveres, cahiu defendendo a innocencia e bom nome do seu desventurado amigo. Onde estavam os do valente capitão da nova Diu, do rei soldado da patria, quando o vulgacho no meio da praça publica, assentado no seu lodaçal mandava derrocar as leis, as recordações e a gloria d'uma nação inteira?

As relações de ambos, frias, azedaram-se talvez; e porventura aqui esteja o motivo da indifferença com que D. Henrique ouviu os rogos do irmão, quando mais tarde lhe pedia que o servisse perante o sobrinho, Affonso V indifferença que decerto concorreu para a morte de D. Pedro em Alfarrobeira, se porventura a não causou.

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