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A reprovada de Deus folgava com noites tempestuosas, e nunca se sentia tão bem como quando os raios lhe illuminavam a estrada, e o trovão respondia magestoso á sua voz blasphema. Olha a cruz do nazareno, bradou Zoraida quando chegaram á cruz do precipicio; não vês, Raymundo, como a chuva açoita irreverente o rosto do martyr do Calvario!

O frade disse emfim com uma voz apenas perceptivel de timida e de fraca: 'Carlos, meu Carlos, perdoa tambem... oh perdoa á memoria de tua desgraçada mãe! O mancebo saltou convulsamente como o cadaver na pilha galvanica. Em , hirto, horrivel, tremendo, exclamou com um brado de trovão: 'Demonio! demonio incarnado em figura de homem, que vieste recordar-me?

A voz da procella ora se assimilhava aos rugidos blasphemos do anjo das trevas, ora, plangente e soturna, imitava os gemidos das almas penadas, que vagueiam na terra pedindo aos vivos orações. O trovão, ribombando no espaço, dominava, de vez em quando, com a sua voz magestosa, o pavoroso ruido da tempestade.

Quando o mundo está sombrio pelas tempestades, quando o trovão ribomba e vôa o raio, saes radiante do meio das nuvens e ris do furacão! Mas, ai! em vão brilhas para mim! O velho bardo te não os raios, quer fulja a tua doirada cabelleira entre as nuvens do oriente, quer trema ás portas do poente a tua luz bruxoleante.

Faz um trovão no momento Que soltava esta heresia; E áquella rouca harmonia Occorre-me um pensamento, Que me uma pancada O coração de tal modo, Como se o rochedo todo Desandasse na chapada. Era a voz da consciencia Que me accusava do crime De negar á Providencia A razão com que me opprime.

Convenhamos que este outro argumento não prestava para nada; mas, tal é o prestigio de um bom caracter, que o gafanhoto foi acclamado como tendo ainda uma vez defendido a verdade e a razão. E d'ahi pode ser que fosse assim mesmo. Mas um trovão de beijos? Supponhamos dous; supponhamos tres ou quatro.

Ruge, como o trovão e géme como o vento, Murmúra como a fonte e estála como o raio, Tem a ardencia do fogo e a alvura do desmaio; Dolente, acaricía; em furias, escalavra! Esta arma triunfante, esta arma... JOÃO com o olhar brilhante:

Não te rias da infancia, ó velha humanidade, Que tu tambem tens medo ao barbaro papão, Que ruge pela boca enorme do trovão, Que abençôa os punhaes sangrentos dos tyranos, Um papão que não faz a barba ha seis mil annos, E que mora, segundo os bonzos têm escripto, em cima, de traz da porta do Infinito.

As aves não tem canto, Tem medo da solidão; A terra não responde, Não falla á voz do trovão:

Louvor a Elle Na terra e nas alturas! Oh, quanto é grande o Rei das tempestades, Do raio, e do trovão! Quão grande o Deus, que manda, em secco estio, Da tarde a viração! Por sua Providencia nunca, embalde, Zumbiu minimo insecto; Nem volveu o elephante, em campo esteril, Os olhos inquieto.

Palavra Do Dia

dormitavam

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