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Era talvez meia noite quando despertei a um rumor lento e surdo que envolvia o barracão como de forte vento n'um arvoredo, ou uma maresia grossa batendo um paredão. Pela galeria aberta, o luar entrava no quarto, um luar triste d'outono asiatico, dando aos dragões suspensos do tecto fórmas, semelhanças chimericas...

E não é muito que, pintando um rosto formoso da terra, lhe accommodassem côres, e attributos celestes, quando para pintarem cousas do mesmo céo usam tantas vezes de semelhanças, e encarecimentos da riqueza da terra, como o fez Ovidio na casa de Febo, com tectos de lavrado marfim, e ladrilhos de ouro, com paredes de topazios, jacintos, e esmeraldas; e o mesmo fez pintando os pavões, que no céo levavam o carro da Deusa Juno, que depois accrescentou em obra e feitio Martiano Capella.

As figurinhas de Tanagra teem no trajar semelhanças frisantes com as mulheres do nosso tempo. O espirito conservador da mulher é um facto incontestavel. A prehistoria mostra-nos que as differenças entre o homem selvagem e o homem civilisado são bem menos profundas do que nos fazia suppôr o atrazo scientifico.

Sem duvida, as differenças são grandes, mas a prehistoria pôz a descoberto o fundo inalteravel da natureza humana, e as semelhanças e o remanescente do estado selvagem surprehendem-nos pela sua largueza. «A gente civilisada entrega-se com a maior diligencia a occupações, e abandona-se com o maior prazer a distracções que seria incapaz de explicar sob o ponto de vista racional, ou de conciliar com os preceitos da moral corrente.

Affirmava o barão que tinha semelhanças com a estrada do Saint-Gothard sobre os Alpes. Eu por mim não vira maravilha maior! N'um certo sitio abria-se uma ravina medonha, d'uns trezentos pés de largura, d'uma profundidade de mais de cem pés: pois este abysmo estava vadeado por um colossal aqueducto, com arcos para a passagem das torrentes, sobre o qual a estrada seguia com soberba segurança.

D. Duarte estava em Carnide, quando «... chegaram em tanto a Lisboa dos que vinham de Tanger, muitos navios que certificaram o caso como finalmente passára, de que el-rei foi logo avisado, e certamente foi mui aspero de ouvir, que o infante seu irmão ficava em poder de mouros; mas por saber, que a mais da sua gente era em salvo, deu por isso muitas graças a Deus, e como rei virtuoso, humano e agradecido, deteve-se n'aquella aldeia, para vêr e agasalhar os que vinham do cêrco, dos quaes muitos, ao tempo que iam fazer-lhe reverencia, em disformes semelhanças e tristes vestidos, que para isso de industria vestiam, e com palavras a desaventura conformes, se lhe mostravam, e d'elles fingiam ser muito mais damnificados do que na verdade o foram, com fundamento de carregarem mais na obrigação para o feito de seus requerimentos, que alguns logo faziam e outros esperavam fazer, de que el-rei recebia publica dôr e tristeza; mas a estes foi mui contrario, o nobre e valente cavalleiro Alvaro Vaz de Almada, capitão-mór do mar, que como quer que no cêrco de Tanger de sua fazenda perdesse muito, e da honra por merecimentos d'armas não ganhasse pouca, como chegou a Lisboa, antes de ir fallar a el-rei, logo de finos pannos e alegres côres se vestiu, a si e a todos os seus, e com sua barba feita e o rosto cheio de alegria, chegou a Carnide, onde el-rei andava passeiando fóra das casas, e com elle o infante D. Pedro, e depois de lhe beijar as mãos e lhe dizer palavras de grande conforto, el-rei o recebeu mui graciosamente, e louvou muito sua ida n'aquella maneira, que não sómente lhe apontou cousas e razões, para não dever por aquelle caso ter nojo nem tristeza, mas ainda que por elle devia ser mui alegre e contente, estimando em nada o captiveiro do infante seu irmão, que era um homem e mortal, em que haviam muitos remedios, em respeito da grande fama que n'aquelle feito em seu nome se ganhára, aconselhando-lhe mais o repique e alvoroço dos sinos, para honra e prazer dos vivos, que o dobrar d'elles que ouvia, por tristeza e pelas almas dos mortos; pelo que el-rei começou a mostrar que aquelle era o primeiro descanço que seu coração recebia, e por isso e por seus bons merecimentos lhe prometteu muita mercê, e grande acrescentamento; e sem duvida assim o fizera, se sua antecipada morte o não tolhera» .

A criada entrára com sezões no hospital; a casa fôra fechada; o cão, abandonado, gemia a sua fome pelos portaes. Era um gôso pequeno, extremamente gordo, que tinha vagas semelhanças com o parocho. Com o habito das batinas, avido d'um dono, apenas via um padre punha-se a seguil-o, ganindo baixo.

Justiça! justiça! conclamaram todos os convivas. Gradualmente foram esmorecendo as vingadoras explosões de enthusiasmo e então o monarcha portuguez, retirando-se bruscamente da mesa, fez terminar esse festival e ruidoso banquete que, para dar em tudo semelhanças do festim de Balthasar, faltou que mão invisivel escrevesse na parede as mysteriosas palavras mané thécel pharês! Vid.

E, nessa ligação, que foi mais do que um capricho, a princípio, porque a sua alma nela teve interferência, encontrou Frederico a certeza de que, para o seu organismo, para a sua individualidade psíquica, as venerações eternas e conservando perpétuamente a mesma intensidade, as afinidades da carne e da emoção que estabelecem para sempre uma estreita comunidade física e ideológica entre dois seres de sexos diferentes, pelo laço do desejo insaciável, que incessantemente se renova, e das semelhanças espirituais, representam uma engenhosa mentira.

N'estas idas e voltas, Luiz Taveira não perdia Leonor de olho, e a espiritual menina, com quanto mui angelica, d'esta vez dava semelhanças d'aquelles anjos despenhados por crime de inveja. O deliquio com que ella o fitava parecia dizer: «A mim não se me dava de me parecer com os mortaes n'estas alegrias da mana Felismina!» A pachorrenta Emma é que se movia menos n'aquella geral vertigem.

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