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Aquella scena era profundamente triste, sobretudo de tarde; o sol cahia, a immensa sombra começava a cobrir o mar: Carmen fallava baixo: nós, em redor, escutavamol-a, ou, calados, seguiamos o correr da maresia, olhavamos o fim da luz. Um marinheiro escossez vinha ás vezes cantar as arias das suas montanhas, cantos de uma tristeza suave e larga como a vista de um lago.

«Não me incommode, não, com ditos detestaveis! Não seja simplesmente um zombador! Estas mineiras negras, incançaveis, São mais economistas, mais notaveis, E mais trabalhoras que o senhor.» A Guerra Junqueiro Nas nossas ruas, ao anoitecer, Ha tal soturnidade, ha tal melancholia, Que as sombras, o bulicio, o Tejo, a maresia Despertam-me um desejo absurdo de soffrer.

Ella sahia então da barraca com o seu vestido de flanella azul, a toalha no braço, tiritando de susto e de frio: tinha-se persignado ás escondidas e toda tremula, agarrada á mão do banheiro, escorregando na areia, entrava na agua, rompendo a custo a maresia esverdeada que fervia em redor. A onda vinha espumando, ella mergulhava, e ficava aos saltos, suffocada e nervosa, cuspindo a agua salgada.

Não verás o teu leito cercado de parentes avidos, de criados indifferentes, de padres que te dêem os santos oleos bocejando, n'um quarto escuro e abafado, entre o cheiro dos remedios: morres diante do ceu, aos emballos do mar, ao cheiro da maresia, entre velhos marinheiros da India, que te choram, sob o sublime ceu, na plena liberdade dos elementos!

O mar é largo, o ceu profundo, a honra existe, daqui a duas horas estamos em Gozzo, passeamos, rimos, jantamos, e ao anoitecer, quando Deus espalhar o seu rebanho de estrellas, voltaremos na viração e na phosphorescencia, calados, ouvindo o piloto arabe cantar as doces melopeas da Syria, ao ruido languido da maresia... Rytmel tinha descido a dar as ordens para o almoço.

Quero nas horas do crepusculo ameno Sobre o rochedo sobranceiro ao mar, Aos pés da virgem que escolheu minha alma Ler-lhe nos olhos confissões sem par. Figueira da Foz, 1860. Porque é que minha alma anceia De visões e magoas cheia, Porque ao longe devaneia Minha mente sem cessar? Porque á tarde, em fins do dia, Ao cahir da maresia, Vou sobre a costa bravia Magoas carpir sobre o mar?

Era talvez meia noite quando despertei a um rumor lento e surdo que envolvia o barracão como de forte vento n'um arvoredo, ou uma maresia grossa batendo um paredão. Pela galeria aberta, o luar entrava no quarto, um luar triste d'outono asiatico, dando aos dragões suspensos do tecto fórmas, semelhanças chimericas...

Depois os picadores, de librés verdes, os batedores de encarnado, os postilhões, as victorias, as americanas, os poney-chaises ... os grooms em finos cavallos inglezes, nervosos, descarnados, de olhos scintillantes e ventas altas, abertas, redondas, frementes. Os sportmen em breaks ou em dog-cart.... Sente-se o fluxo e o refluxo do grande luxo, a maresia da elegancia.

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