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Como isso era bom! mas infelizmente as azas da poesia não nos desprendem da terra; a realidade é peior do que o sol para as azas de Icaro; ella toca-nos o corpo com mais aspereza do que o velho Satan quando experimentava o desgraçado varão da terra de Hus.

A pratica tem provado que, embora as oliveiras vegetem e fructifiquem perfeitamente nas planicies, o azeite extraindo dos seus fructos é mais grosso, de peior qualidade, e que estes no acto da expremidura desprendem muito mais almofeira do que os fructos provenientes de oliveiras cultivadas nas encostas.

E que diversidade de vozes não ha n'esse concerto immenso! o magestoso ruido das ondas ao assoberbarem-se no mar alto, o grito que resulta do embate de dois d'esses colossos que se encontram, o uivo de raiva que soltam quando espadanam nos rochedos da praia, o suspiro amoroso que desprendem ao beijarem o areial, o murmurio palreiro das gottinhas de agua ao despedirem-se a custo das conchas das ribas, o lamento que exhalam ao açoital-as o vento, tudo isto se resume n'um hymno sublime, intraduzivel, como os poetas os sonham, mas não escrevem.

Em êxtase de luz rompe a manhã. Seus clarins sonoros de alvorada despertam o povoado, a serra e as águas. Dos salgueirais curvados sobre o rio erguem-se mansas neblinas, castas, sacrificando ao sol toda a pureza. Os píncaros severos da montanha desprendem da escuridão da noite a fortaleza. E na oficina e nos lares acordam fumos de carinhos e penas e trabalho.

Por que subtil poder e invencível palavras dum instante, etéreamente aladas e fugazes, voltam do infinito espaço em que as lançou a vibração dum peito comovido, para de novo as ouvirmos tão altas e claras e tocantes como da vez primeira que as sentimos?!... Por que energia oculta se renovam, e nos povoam de visões os sonhos, e nos amparam os passos com o conselho, e nos fazem sangrar o coração, e nos desprendem o sorriso e o canto, e nos elevam na oração divina, as palavras que alguém, um pequenino ser mortal e fraco, mínimo átomo no volver dos mundos, um dia segredou timidamente na mansidão dos seus lábios mortais?!...

Pelo parque andavam livremente entre as roseiras explendidas... Contavam-lhe que á meia-noite, as arvores se desprendem da terra e vão beber, como os gados, ás limpidas ribeiras.

Escrever; mas escrever o quê? Um romance de amores?! Um poema?! Romances e poemas tinha eu na imaginação, sublimes, portentososos, admiraveis, como todos os tem, e como ainda ninguem os escreveu. Se elles se desprendem, capitulo a capitulo, estrophe a estrophe, e vão fluctuar na atmosphera de envolta com os perfumes da rosa, com os canticos do rouxinol, e com os raios da lua!

Ora tudo é escuro, soturno e triste; na minha vida houve luz, mas foi fugaz... como um meteoro... brilhou para bem prestes se apagar! O tempo não consome o que, pelo amor, é inscripto no peito! Falla! quero escutar a musica sonora d'essas fallas gentis, trementes, captivantes, que desprendem teus labios, a rir... esses labios mais frescos e mais limpidos que o luar.

As folhas que pelo chão Crestadas dispersa o vento, Não desprendem um lamento Que intristece o coração!? E a voz d'essa ave amorosa, Que alem na balsa murmura, Melancolico modilho, Não parece a voz saudosa Da mãe que adormenta o filho Entre os braços com ternura?

Palavra Do Dia

dormitavam

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