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A patuléa depois d'armada começou a marchar para Villar, e a operar. O Snr. Passos José na praça de D. Pedro conversou com o Snr. Justino Ferreira Pinto Basto, e recommendou a alguns patriotas que fossem aos outros pontos de reuniões populares avisar os cidadãos para marchar para o quartel do Duque. Vimo-lo depois no páteo da igreja do Carmo conversando com o Snr.

Á qual parte El-Rei mais inclinado, ordenou armar grossamente, e dava por capitão d'armada D. João filho do duque, que depois foi Condestabre e marquez de Montemór-o-Novo, e com elle carracas e muitas náos grossas, e outros navios pequenos em grande numero.

N'este anno em chegando El-Rei d'armada, fez em Lisboa novamente conde de Penella D. Affonso de Vasconcellos seu sobrinho, o qual por sua nobre linhagem e singulares serviços e grandes merecimentos, aquella e outra maior dinidade, tinha a El-Rei e ao reino bem merecida. Tomou o Principe D. João sua casa

E com esta determinação se partiram, e ajuntaram todos a Lisboa, onde XVI navios para a embarcação d'El-Rei foram logo prestes, dos quaes se aparelhou uma urca para sua pessoa, em que embarcou no mez de Agosto com dois mil e dozentos homens, em que iam quatrocentas e oitenta pessoas a que em terra eram ordenadas encavalgaduras, álem d'outra gente de , e com vento de viagem arribou em Lagos, onde Cullam, famoso cossairo francês certificado das amizades e lianças d'estes reinos com França, andando poderoso no mar, veio alli fazer reverença a El-Rei, que o recebeu com grande honra e mui graciosamente, e além do assinado serviço que o dito Cullam lhe tinha feito, em ser em sua ajuda no descerco de Ceuta, quando então dos castelhanos e dos mouros, fôra juntamente cercada como se dirá, ainda ficou de concerto andar d'armada em seu favor contra Castella, para que se ajuntou com Pedro de Tayde, fidalgo português, que com a náo grande que se dizia a Lopiana, e com outros navios, de mandado d'El-Rei andaram tambem d'armada.

Com as quaes cousas movido o dito D. Pedro, determinou aceitar a dita empresa, e por seus assinados e sellos assi o certificou e segurou á dita cidade. E este negocio sempre andou secreto até esta ida d'El-Rei a Ceuta, onde sobre concerto vieram armadas duas gallés de Barcellona, com mostrança que vinham a seu trafego d'armada.

E em se estas cousas aparelhando, estavam sobre o mar para isso postas atalaias, que n'elle descobriram uma gallé e uma caravela ambas juntas, e a galé era de um Peroso, cosairo italiano, que n'aquelle estreito andava d'armada, e na caravella vinha o Infante após quem o cosairo vinha, avisado de quem era, e para o deter e não o leixar passar, se por ventura desviara a prôa de Ceuta, e o conde como houve conhecimento que alli vinha o Infante o foi em uma galeota logo receber ao mar, e com elle se veio ao porto onde com João de Sousa sómente entrou na caravella e lhe beijou as mãos, e o Infante sahiu, e foi logo a Santa Maria d'Africa, e tornou-se a apousentar, e o conde fez quanto pôde pelo agasalhar e servir em todo cumprimento e perfeição, e lhe entregou a vara da governança e capitania da cidade; mas o Infante havendo-a em sua mão e esforço por bem empregada, não lh'a tomou, e o conde como era de muitos annos e siso, depois de praticarem sobre sua partida, moveu o Infante ao que quiz, que foi conforma-lo com a vontade d'El-rei, para o qual o conde depois de concertar o assessego do Infante na gallé do cosairo, avisado bem de tudo logo partiu e o achou em Tavilla, com que El-Rei e o Infante D. Anrique e toda sua côrte crendo que vinha alli o Infante, foram postos em grande alvoroço, e os vieram receber á ribeira, e depois de o conde lhe dizer o fundamento do Infante, El-Rei com causas e razões evidentes, e que muito faziam ao resguardo de sua honra e estado, houve por escusado satisfazer á tenção do Infante, que era estar como fronteiro em Ceuta, a quem tambem logo mandou o conde d'Arrayollos com quem foram seus filhos, e o conde d'Atouguia, e o marechal, e após elles outros muitos fidalgos e pessoas principaes de todo o reino, para o Infante lhe dar , e o moverem logo para sua tornada.

E indo os navios de sua companhia espalhados pelo mar: além do Cabo de São Vicente, acertou-se que uma carraca de Genoa, que andava d'armada, veiu demandar e afferrar o navio em que o dito D. Fernando ia, o qual como quer que logo por razões d'amizade e depois com armas e grande esforço quanto foi possivel se defendesse, finalmente o navio com a mais força da carraca foi entrado e roubado, e D. Fernando acabou n'elle sua vida de uma bombarda, e os genoeses achando-se com tal rica presa, receiosos da emmenda, porque a outra frota vinha sobr'elles, meteram suas vellas e tomaram o mar por sua salvação.

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