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Ficaram do Infante estes filhos, a Rainha D. Izabel mulher d'El-Rei, e D. Fellipa, que ella trazia em sua casa em edade de sete annos, a qual não foi casada, e sem obrigação de religião, viveu e acabou mui honesta e santamente no mosteiro d'Odivellas, onde jaz, e o Senhor D. Pedro seu filho maior, que depois sem casar morreu em Barcellona, intitulado Rei d'Aragão, e D. James que depois foi Arcebispo de Lisboa e cardeal em Roma, e jaz mui honradamente sepultado em Florença, e D. João que morreu casado intitulado Rei de Chipre, e D. Briatiz que foi honradamente casada em Borgonha pela duqueza sua tia com Monseor de Cleves, de que nasceu o Filipe Monseor que foi Gram Senhor.

E porém os regedores de Barcellona buscando por caminhos desesperados alguma esperança de sua salvação, trataram secretamente com o dito Senhor D. Pedro, que como e principal herdeiro que era da casa d'Urgel, e assi a quem pertenciam de direito os reinos d'Aragão quizesse intitular-se d'elles, e assi receber logo em seu senhorio e poder o principado de Catelonha com a cidade de Barcellona com cujo poder e forças, se o coração e saber lhe não fallecesse, cobraria o mais que El Rei D. João tiranamente possuia.

Com grande satisfação recebérão, todos os Portuguezes, assas Cinceros, e prudentes, as trovas de Gonçallo Annes Bandarra, impressas em Barcellona em 1809 sobre a edìção de Nantes de 1644. Juntandose, a esta edição outras, trovas que nunca se tinhão impreço pella defficuldade que havia de se naõ acharem.

Com as quaes cousas movido o dito D. Pedro, determinou aceitar a dita empresa, e por seus assinados e sellos assi o certificou e segurou á dita cidade. E este negocio sempre andou secreto até esta ida d'El-Rei a Ceuta, onde sobre concerto vieram armadas duas gallés de Barcellona, com mostrança que vinham a seu trafego d'armada.

Por morte d'El-Rei D. Affonso, Rei d'Aragão e de Napoles, não ficou filho algum legitimo que o herdasse, e sómente lhe ficou um filho bastardo, D. Fernando, que depois da morte d'El-Rei seu padre, por favores e grandes riquezas que lhe leixou, herdou e teve o reino de Napoles; era irmão d'El-Rei D. Affonso, D. João Rei de Navarra, que herdara este reino por razão da filha d'El-Rei D. Carlos com que casou, de que houve uma filha, que foi casada com El-Rei D. Anrique de Castella, de que não devidamente se quitou, quando casou com a Rainda D. Joanna de Portugal, como atraz fica, e houve tambem um filho que se chamou o Principe D. Carlos, e sendo ainda Rei da Navarra viuvou, e por haver liança para suas contendas, que em Castella e Aragão tinha, casou com uma filha do almirante de Castella, de que tendo filhos sobcedeu por morte do dito Rei D. Affonso seu irmão os reinos d'Aragão e de Cicilia, e o Principe D. Carlos seu filho, dizem que por mau trato da madrasta, lhe pediu que lhe leixasse o reino de Navarra para o reger, pois a elle in solidum por contracto pertencia, e porque o pae não disistia d'elle andavam ambos em grandes desvairos, até que o dito Principe falleceu, a tempo que seu casamento era concordado com a Infante D. Catarina de Portugal, como atraz fica, e de sua morte que foi julgada por artificial, se deu muita culpa e causa á Rainha sua madrasta, poendo-lhe que o mandara sem tempo matar, por tal que os reinos de seu marido livremente ficassem, como ficaram a D. Fernando filho d'ella, que depois foi Rei de Castella e d'Aragão, de que os povos foram mui tristes e anojados; porque D. Carlos era Principe de muitas virtudes, e lhes dava esperança de ser bom Rei, pelo qual a cidade de Barcellona, com todo o principado de Catelonha alevantaram a obdiencia a El-Rei D. João, e a deram a El-Rei de França, que os deffendeu um tempo, até que se concertou com El-Rei D. João, que pelo não guerrear lhe leixou o condado de Roselhão pacifico, em que entrou Perpinhão, e anojados d'isso os de Barcelona tomaram por Senhor El-Rei D. Anrique de Castella, que com perda d'Aragão tambem todos se concertaram.

E por quanto no anno passado de mil e quatrocentos e oitenta, o exercito do Gran Turco com seus capitães passou em Italia no reino de Napoles, e por força tomou na Pulha a cidade de Tranto com outras villas e castellos, com grande e piadoso estrago de christãos, e D. Affonso duque de Callabria, filho d'El-Rei de Napoles era em cerco sobre a cidade para a cobrar; o papa Sixto quarto, que então era presidente na Igreja de Deos, por atalhar á destruição de Italia e Roma, que se aparelhava, enviou pedir socorro e ajuda a todolos Reis e Principes christãos, para que outorgou certas dizimas que mandou lançar pela clerezia, pela qual El-Rei D. Affonso e o Principe seu filho estando em Torres Novas, por obedecer ao Padre Santo em obra tão santa e tão piadosa, e que de seus corações e legitima devoção não era alheia, depois de as dizimas serem ordinariamente tiradas, e elles darem para isso toda outra ajuda necessaria, enviaram para a dita expunação do Tranto e resistencia do Turco o Bispo d'Evora D. Garcia de Menezes com grande frota, e muita e mui nobre gente de seus reinos, que de caminho tocando em Barcellona onde eram os Reis de Castella, foi a gente de Portugal e suas armas e gentileza muito louvada.

A municipalidade de Madrid abria o seu thesouro para resuscitar as tradições cavalheirescas da Hespanha, os torneios, as touradas, os jogos floraes; Sevilha escrevia palavras de felicitação e encerrava o manuscripto dentro de um cofresinho delicioso, cravejado de brilhantes; Valencia colhia as mais raras, as mais mimosas flôres para enviar á rainha um bouquet colossal; Barcellona preparava os seus mais delicados artefactos para envial-os aos noivos, como preito da industria á monarchia; finalmente, estas e outras provincias queriam assistir á festa, e mandavam a Madrid vinte e cinco grupos de camponezes, que representassem, em toda a puresa do trajo popular, a individualidade ethnica de cada uma, de modo que os reis sentissem que tinham a Hespanha inteira á volta de si...

De como o Senhor D. Pedro, filho do Infante D. Pedro, se foi de Ceuta para Barcellona, e se intitulou Rei d'Aragão E porque n'este tempo e da cidade de Ceuta se foi para Barcellona o Senhor D. Pedro, filho maior do Infante D. Pedro, que na mesma cidade acabou intitulado Rei d'Aragão, o fundamento e causa que para isso houve foi n'esta maneira.

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