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Lançou-se então na opposição, attrahiu a sua casa algumas notabilidades do partido democratico, abriu as suas salas aos litteratos, deu festas esplendidas, e ostentou um luxo que tinha a pretenção de fazer epoca na historia contemporanea. No seu pequeno circulo comparavam-a a mademoiselle Montpensier e dizia-se que do seu boudoir sahiria uma nova Fronda.

Gostava de ter um boudoir todo de seda côr de perola onde ella podesse ler, preguiçosamente deitada no no seu pequeno fauteuil muito flascido, diante de um guéridon cheio de violetas e de gardenias, os ultimos romances, as revistas estrangeiras, as criticas musicaes dos mestres mais famosos. Sempre tivera a esperança de fugir pelo casamento á pressão sordida da miseria paterna.

No «boudoir», viu elle o pequeno cofre que a marqueza trazia sempre comsigo nas suas viagens, e nas suas mudanças de Paris para Saint-Martin e de Saint-Martin para Paris. Acudiu-lhe á mente a ideia de o abrir. Veiu até junto do cofre e tentou erguer-lhe a tampa. O cofre estava fechado á chave.

Com um pincel, mergulhado em carmim, deu côr ao rosto, naturalmente desmaiado. Apertado o espartilho e collocada a tournure enfiou um rico vestido de setim. Chamou Virginia e pediu alfinetes. Pregou o vestido, pregou o cabello, pregou as saias, pregou-se a si e sahiu do boudoir. Ora esta! e não me ia agora esquecendo o crême imperatrice monologava ella, voltando á saleta.

Combater estes erros, lançar por terra estes preconceitos deve ser a mira de todo o ser que pensa e crê! Deixemos agora os menages modestos onde reina o trabalho ou os salões vulgarmente luxuosos onde a riqueza ostenta os seus vãos orgulhos, e penetremos no boudoir elegante, onde a mulher do alto mundo proclama o que se lhe afigura a sua incontestavel superioridade.

Era um ideal do demi-jour da coquette parisiense: sem arte nem estudo, lh'o preparára a natureza em seu boudoir de folhagem perfumado da brisa recendente dos prados.

Uma noite, soffria com tal violencia, que, como machinalmente, invadiu os aposentos de sua esposa. Ella acabava de sahir. O seu quarto de dormir, o seu «boudoir», o seu gabinete de toilette estavam saturados de perfumes. Reinava ali a deliciosa desordem que deixa uma mulher do grande mundo, quando acaba de se preparar para ir a um baile, a um theatro, ou a uma entrevista de amôr.

Ah! como esta deliciosa canção primaveral de Eduardo Pailleron concentra em si todos os perfumes, todos os canticos, todos os sonhos de abril, quando o laranjal florido deixa cair da sua côma, semelhante a um bouquet de noiva, não sei que doces pensamentos de amor, não sei que fragrancias de boudoir, que estonteamentos de volupia, cheia de mysterios, de segredos e de arrulhos maviosos!? A olaia põe no terreno grandes manchas encarnadas, tapetes de petalas soltas, que se alastram convidando ao remanso d'um idyllio, oui, d'un idylle...

Se elle, ao menos, me amasse... dizia ella, erguendo-se. E, continuando pelo corredor, entrou no boudoir, onde a esperava a cabelleireira. Vestiu um chambrão de cachemira azul; e, sentando-se na cadeira que lhe offereceram divagou, ao acaso, durante uma hora. Quando acordou estava realmente encantadora. O cabello, frisado a capricho, imprimia-lhe um aspecto senhoril e grave.

Um dia que eu me introduzira, a passos subtis, por sobre o espesso tapete syrio, até ao seu boudoir ella estava escrevendo, muito enlevada, de dedinho no ar: ao vêr-me, toda tremula, toda pallida, escondeu o papel que tinha o seu monogramma. Eu arranquei-lh'o, n'um ciume insensato.

Palavra Do Dia

líbia

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