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«O mundo é feio e mauVia-se a caminhar pelas estradas e atalhos, de Saint-Martin, de aldeia em aldeia para fallar da Republica, aos cidadãos, aos trabalhadores, aos homems do campo. N'alguns momentos, o seu pensamento mudava de objectivo e olhava a amante adormecida. A cabecita loura de Emilia reclinara-se para o lado do amante.

Não podera ainda achar um facto preciso, que podesse collocal-a n'uma pista que devesse seguir. Quanto a Ronquerolle tinha-se desembaraçado dos agentes lançados nas suas piugadas pelo ministerio, fazendo publicar nos jornaes do seu partido uma noticia nos seguintes termos: «O deputado de Saint-Martin interpellará proximamente o ministro do Interior sobre assumptos da perfeitura da policia.

De repente bateu na testa e empallideceu. Mas, d'aqui a tres dias, á noite, ha uma reunião eleitoral em Saint-Martin. Não posso enganar-me pois que fui eu que convoquei os eleitores... Que fazer? Ronquerolle acreditou por momentos que M.me «de la Tournelle» lhe tivesse pregado uma peça.

A bella Carlota não tinha um inimigo, exceptuando talvez o barão de Quérelles, um conquistador desprezado, que tinha jurado não morrer sem se vingar dos desdens da altiva aristocrata. O barão vinha rarissimas vezes a Saint-Martin, mas estava ao corrente de todos os acontecimentos da pequena cidade. A marqueza tinha no coração, ou antes na cabeça, uma paixão deveras rara entre as mulheres.

No momento em que se desenrolam os factos que relatamos, o marquez Sergio de la Tournelle considerava mais do que nunca, esta circunscripção de Saint-Martin como um feudo que, sem duvida alguma, lhe pertencia. «Maire» da cidade, conselheiro geral e deputado da direita, não poderia affrontar os seus inimigos?

Viva o cidadão Ronquerolle! o candidato realista empallideceu de colera. Não havia que duvidar, os democratas de Saint-Martin apresentavam realmente um candidato para lhe fazerem opposição.

Acompanhavam-o conde d'Orgefin e os srs. de Trimolet e de Nipostte, pessoas da mais alta distinção na cidade e em todo o departamento. Os cavallos do marquez passavam estrepitosamente na calçada da rua principal de Saint-Martin. Tinham passado o theatro e o café da Bolsa.

Os rapazes davam alli «rendez-vous» ás suas namoradas e a deusa, immovel e com a sua cara de marmore, passa por ter visto cousas «lindas». Á semana, pelo contrario, era um silencio absoluto. A distancia era grande de mais para ir a de Saint-Martin. No mez de setembro eram raros os frequentadores. A marqueza sentia renascerem-lhe as ideias alegres á vista do rio e das suas margens floridas.

Habituara-se a dar este passeio; ia saudar a deusa Cybele, gosar o frescor da fonte depois do que voltava devagar e entrava na carruagem para regressar a Saint-Martin. Uma vez alli, começou a andar mais rapidamente, nervosa e irritada contra seu marido. Appoiava-se ligeiramente á sua sombrinha e um largo perfume d'heliotropo exhalava, a sua «toilette», perfumando a atmosphera.

Quanto a Madame Desbroutin, estava tão commovida, que apenas poude dizer: Que ha de ser de nós, agora? Esses rapazes que partiam eram a poesia, o amôr a paixão. A marqueza de Tournelle havia deixado Saint-Martin no dia seguinte ao das eleições. Estava em Paris havia quatro dias, quando Ronquerolle ali chegou. A grande cidade estava n'essa occasião deserta.

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