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O comité Alta Venda, tendo effectuado antes do congresso uma reunião preliminar, decidira influir no acto eleitoral de modo que no Directorio entrassem elementos de acção nitidamente revolucionaria e assim succedeu. Como effectivos, a Carbonaria conseguiu vêr eleitos Bazilio Telles e Euzebio Leão e como substitutos Malva do Valle, Leão Azedo, Innocencio Camacho e José Barboza.

O Visconde de S. Jeronimo, Bazilio Alberto de Sousa Pinto, por longos annos lente da Faculdade de Direito na Universidade, era seu reitor, e desde tempos, no anno lectivo de 1862 a 1863.

Depois d'esta asseveração impugnavel, esteia a sua affirmativa em uma passagem do Cousin Bazilio onde se que em Lisboa ha persevejos. Luxo escusado de erudição. Os persevejos em Lisboa são d'uma tamanha evidencia fetida e mathematica que se dispensava o testemunho do snr.

Quando o CRIME DO PADRE AMARO e o PRIMO BAZILIO de Eça de Queiroz estalaram como gritos de guerra nos dominios das lettras portuguezas, fez-se á volta do recem-chegado um clamor de admiração, que, para ser justo, precisava de ser consciente. Quem isto escreve applaudiu e deu a razão do applauso. O romancista felicitou o critico pela comprehensão do trabalho e dos intuitos.

Tal é o caso de pathologia social, caso profundamente verdadeiro, medonho, tragico, sobre o qual Eça de Queiroz escreveu O Primo Bazilio, romance realista. Realista porque? Por isso mesmo que exprime uma convicção social, e é esse o caracteristico essencial da arte moderna.

Eça de Queiroz prima na pintura das sensações corporaes e das paixões animaes: o cio, a gula, o egoismo brutal e a intriga trivial, a cobiça e a vaidade, a bondade ingenua e a maldade machinal, quasi que exgottam o seu reportorio; a população dos seus romances é composta de personnagens medios; se uma vez n'um livro que é uma confidencia elle pintou uma alma fóra do commum, foi procedendo á maneira dos lyricos, transcrevendo as suas proprias emoções; Carmen Puebla é o proprio romancista com o vibrar pungente dos seus nervos, e os fremitos da sua furiosa e dolorosa sensibilidade; mas o auctor do Primo Bazilio nunca escreveu um romance como Louis Lambert; para um vôo tal são precisas as azas musculosas do genio cosmopolita e androgyno de Balzac.

O conjuncto da obra, é claro que é inferior a tudo que elles tem feito depois: ao humour, á fina e aguda observação, á critica mordente, á analyse incisiva, ao estylo poderoso e vivo das Farpas, do Primo Bazilio e do Crime do Padre Amaro, e dos folhetins ultimamente escriptos para um jornal do Brazil; mas, apesar de tudo, ha graças e desleixos que o artista tem na flor inexperiente e virginal do seu talento, e que mais tarde são compensados por meritos mais distinctos, por qualidades superiores, pela firmeza magistral da penna, do buril, ou do pincel, mas que nunca mais podem ser substituidos!

Taes foram as razões porque ao terminar ha mez e meio a leitura do Primo Bazilio, uma tão perfeita obra, que a consideramos como sendo uma d'aquellas que mais honram a humanidade e de que mais se deve gloriar uma litteratura nós fizemos esta prophecia: Que este livro seria como um d'esses complicados instrumentos mechanicos destinados á observação dos mais delicados phenomenos da chimica, da optica ou da biologia, instrumentos inuteis ás vezes perigosos para todo aquelle que não tem a sciencia de os pôr em exercicio e de ver por elles a divina revelação de um novo mundo.

O Primo Bazilio, novo romance de Eça de Queiroz, é um phenomeno artistico revestindo um caso pathologico. Para bem se comprehender esta obra é preciso discriminar o que n'ella pertence á jurisdicção da arte e o que pertence aos dominios da pathologia social. Eis a doença que este livro accusa: A dissolução dos costumes burguezes. O mais caracteristico symptoma d'esse mal é a falsa educação.

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