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Alvas manchas d'insectos pequeninos, Envolvendo-se em giros caprichosos, Como tríbus de povos venturosos, Fruiam junto ao lago os seus destinos! Pelas balsas cantava a toutinegra, E as rolas modulavam doces côros, No ar passavam fremitos sonoros Co'as vibrações da Luz que o mundo alegra!

De noite avoejam errantes pela atmosphera pensamentos vagos e alados, que umas pessoas sabem traduzir, outras presentem sem comprehender. Tem a noite seus insectos e pensamentos peculiares, e uns e outros passam no ar com fremitos mysteriosos. o naturalista conhece os primeiros, atravez da negrura; o poeta conhece os segundos.

As senhoras começavam a chegar em pequena gala, com bournous de casimira branca forrados a setim e pelles. Eram os convivas certos d'aquellas pequeninas soirées, tão intimas, tão aconchegadas e tão doces, que os ditos e excentricidades da condessinha animavam, e a rabeca de Zebedeu Kebler, israelita loiro como Jesus e tão casto como elle, enchia de fremitos extranhos e infinitas harmonias.

Se até os proprios rapazes das escolas os do Ultimatum, os d'essa geração academica a que o auctor pertenceu eram todos mais ou menos como elle, desinteressados, desempennados, enthusiastas, irreverentes, saccudidos por fremitos generosos, susceptiveis dos mais ousados movimentos, como dos mais tresloucados disparates.

Eram obra sua os tregeitos dos monstros esculpidos nas columnatas, o riso mau dos demonios-morcegos nos frisos manuelinos do côro; emfim, o exaspero do Christo, no baixo relêvo da Ceia e todos os fremitos, todos os sôpros, todas as oppressões, todas as desconfianças, todas as risadas, que eu ouvia, que eu sentia, e passavam por mim o visco do seu contacto asqueroso.

Além da grosseira exterioridade lasciva e calida, tudo o mais lhe escapára d'aquelle amor confessado violentamente, refinamentos, fremitos, intellectuaes sobresaltos... o prazer dos sentidos vibrantes á visão da pessoa que se adora... os infinitos respeitos, supplicas balbuciadas por entre os dentes cerrados, transluzindo ameaça e delicadezas submissas d'escrava e esse fluido que sobrenada da alma amorosa, e enche de poesia tudo o que se palpa e respira, em torno d'ella.

A Morte, quando vier, vai comover-se, ouvindo-lhe na gaguez frémitos de asas, vendo-lhe abrir os braços de esqueleto como p'ra agasalhar a vida tôda, e oferecer-lhe nas mãos roxas e ósseas pétalas murchas e folhagens sêcas... Não pode durar muito: é impossível. Mas nas pedras da rua onde morrer, terá em torno dêle a despedir-se, o Mar, as Árvores, a Aurora, tôda a vida da terra sua amante...

Ao cabo de alguns minutos de concentrada leitura, ouviu pipillar em cima. Na extremidade de um ramo, que balouçava de leve, chilreava um passarinho, inclinado para baixo, entreabrindo assustado, com fremitos, as azas. Gertrudes poisou o livro de banda, subiu ao banco, e, fincando-se na ponta dos pés, aprumou-se para espreitar.

E do brilho das joias, como da florescencia musical dos gestos, brotavam lascivias, ardiam desejos, que faziam correr fremitos por toda a sala incendiada por lampadas poderosas. Aquella dança sabia, apenas ritmada pelas vozes das flautas e das liras que tocadoras de flauta e tocadoras de lira, vestidas á grega, no palco tocavam! Uma ou outra vez um fazia vibrar o bronze dos crotalos.

E como tudo o que ha de mais incerto, escuro e insondavel é a morte, esses ligeiros fremitos que passam remoinhando arrastam aereamente o grande, o triste, o fatal pensamento da morte. Quantas pessoas não ha ahi que vivem despercebidas da mortalidade do corpo os mais trabalhosos, os mais duros, os mais soffridos dias da sua vida?