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Conheci este homem, e tractei-o muito de perto. Era eu bem creança, e respeitava as loucuras d'aquelle velho, com a mais sisuda tolerancia. Não pude; e o leitor perdeu muito com isso, que eu não era homem de privar d'um capitulo precioso a Physiologia do Casamento de Balzac.

Depois de Balzac, ou antes d'elle, talvez, o espirito que maior influencia exerceu no destino dos dois irmãos, foi Gavarni, o insigne caricaturista, o desenhador admiravel, a quem mais tarde elles erigiram, n'um livro de grande arte, um monumento de admiração reconhecida e terna e de critica verdadeiramente magistral.

A forma d'esse livro é quasi classica; mas no emtanto, atravez aquellas paginas, quanta melancolia, quanta amorosidade; ás vezes phrases dignas de Shakespeare, Balzac ou Byron, como essa do episodio de René: «foule, vaste désert d'hommesHugo veio fazer no verso o que Chateaubriand fizera na prosa; deu á lingua assucarada e debil, vibração, enthusiasmo e consistencia.

Tinha eu feito exame de francez á minha chegada em S. Paulo e obtivera approvação plena, traduzindo uns trechos do Telemaco e da Henriqueida; mas, ou soubesse eu de outiva a versão que repeti, ou o francez de Balzac não se parecesse em nada com o de Fenelon e Voltaire; o caso é que não conseguia comprehender um periodo de qualquer dos romances da collecção.

Se nunca lhe pedi que me tratasse por Julio, e não por José Xavier, foi Deus me perdoe, por suspeitar que elle se irritasse contra mim. E Julio, ajoelhando, beijou as mãos convulsas da sr.^a Felisbella de Menezes. Mais confidencias Para muito se amar, quer-se silencio e solidão dizia Balzac. O amor é por natureza melancholico. Quem ama, soffre.

Não me refiro a uma antiguidade verdadeiramente gothica, nem me proponho sustentar que um homem deva casar-se com a de Braga. Mas Balzac fez, como se sabe, o elogio da mulher de trinta annos, e eu, na minha obscuridade, acho que é essa uma boa conta para ponto de partida. Trinta annos! obra acabada, paredes solidas, pavimentos seguros, um predio capaz de resistir a um terremoto! Magnifico!

A distenção retumbante de Hugo era tão intoleravel como a flaccidez oleosa de Lamartine. A Michelet faltava gravidade e equilibrio; a Renan solidez e nervo; a Taine fluidez e transparencia; a Flaubert vibração e calor. O pobre Balzac, esse, era d'uma exuberancia desordenada e barbarica. E o preciosismo dos Goncourt e do seu mundo parecia-lhe perfeitamente indecente...

O noticiarista, que me dizem chamar-se Silva Pinto, consinta que eu, por conveniencias da composição e da variedade da fórma, lhe não chame sempre centauro e tolo. Obriga-me a pedir-lhe licença todas as vezes em obsequio á urbanidade. O melhor é chamar-lhe, como variante, Silva Pinto. O snr. Silva Pinto começou no n.º 16 da Actualidade a traduzir romances de Balzac.

Pois não lhe disse que li Balzac? E viajei, e vivi mais do que pensa.

Balzac, nas Illusões perdidas, tinha deixado a ethopea do editor. Era uma anatomia. Contavam-se dezenas de anecdotas que depunham em favor do escalpelo de Balzac. Um editor lisbonense rejeitára um livro de poesias por lhe achar pouco peso. O poeta respondêra que voltaria com os seus versos copiados em papelão.

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