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O seu pequeno livro há-de ficar na literatura nacional, quando de centenas de romances em seiscentos volumes ninguém rememorar o título sequer. Gomes LealRevista Ilustrada: «Os meus amores, de Trindade Coelho. Que deliciosa impressão me deixou aquele livro, tão adoravelmente simples e sentido!

Se eu fosse á Hollanda, voltava de , estou certissima, sem ter visto coisa nenhuma do que o illustre escriptor viu, a não serem, talvez, alguns d'aquelles primeiros aspectos, tão adoravelmente descriptos por elle, e em que, mais d'uma vez, a sua ironia deliciosa espreita sorrateiramente o leitor, como a avisal-o de que é necessario, apesar de tudo, contar sempre um bocadinho com ella, de que pode estar um pouco adormecida, levemente anesthesiada... mas que, emfim, está muito viva, graças a Deus, e não espera morrer tão cedo.

Os flocos de neve caiam-lhe nos longor cabellos loiros, adoravelmente annelados em volta do pescoço; mas pensava ella porventura nos seus cabellos annelados? As luzes brilhavam nas janellas, e sentia-se na rua o cheiro dos manjares; era a vespera de dia de Anno Bom: eis no que ella pensava. Deixou-se cair a um canto, entre dois muros.

O machado e o bisturi trocam-se pela charrua paciente e pela luz do sol sem nuvens. O critico não é a torrente cataduposa: é o rio poderoso, mas placido, que nunca reflete nas aguas pedaço de céo que não seja amorosamente azul. Mas, se o supondes lago apático, enganais-vos: a sua serenidade é cheia de vida, e tanto que as suas aguas, porque são perfeitamente puras, são adoravelmente limpidas.

E preferia aos divertimentos que a engenhosa amabilidade do meu querido hospedeiro me proporcionava, e ás excursões artisticas em que elle era um cicerone incomparavel, instruidissimo, raffiné, cheio de idéas originaes e suggestivas, as tranquillas e doces noites passadas em Neuilly, na luz discreta da lampada Carcel, que um quebra-luz côr de rosa fazia mais acariciadora e mais suave, e onde a familia adoravelmente intelligente, e inolvidavel para mim, de um escriptor portuguez, que é um artista da mais pura raça intellectual e da mais ampla envergadura de engenho, me fazia uma especie de pequenina patria.

Ninguem estava no caso de apreciar e de sentir melhor a arte hollandeza, essa arte que teve, como nenhuma, a perfeição do detalhe na harmonia do conjuncto, a nota exacta na comprehensão larga, do que Ramalho Ortigão, o escriptor que, no seu processo, realisa tão adoravelmente a formula naturalista d'essa inspirativa e grande escola, ante a qual os modernos se sentem ultrapassados e excedidos.

Tentarei apenas dar a impressão, que a minha sensibilidade recebeu da leitura d'esse fino artista, d'esse poeta, que tão bem se conhecia a si mesmo, que um dia, figurando-se a si sob o nome Léolin, nos Dramas Philosophicos, dava do seu genio esta adoravelmente exacta definição: «O que é que eu faço no mundo? Contemplo e goso.

Veem depois Os primeiros aspectos, a que eu me referi. A verve encantadora de Ramalho esmalta adoravelmente algumas d'estas paginas. Estes primeiros aspectos tem coisas engraçadissimas e que não esquecem mais.

E foi assim que lentamente surprehendi o segredo da sua natureza; a sua clara testa que o cabello descobre, tão clara e lisa, logo me contou a rectidão do seu pensar: o seu sorriso, d'uma nobreza tão intellectual, facilmente me revelou o seu desdem do mundanal e do ephemero, a sua incansavel aspiração para um viver de verdade e de belleza: cada graça de seus movimentos me trahiu uma delicadeza do seu gosto: e nos seus olhos differencei o que n'elles tão adoravelmente se confunde, luz de razão, calor de coração, luz que melhor aquece, calor que melhor alumia... a certeza de tantas perfeições bastaria a fazer dobrar, n'uma adoração perpetua, os joelhos mais rebeldes.

No entanto, haviam os dois penetrado na pequena alcôva. Em cima do velador, uma véla côr de rosa ardia n'um castiçalzinho de porcellana de Sévres com pinturas allegoricas de Amores alados e Chiméras volitantes. No centro, uma causeuse de setim azul estava cheia de laços, corpinhos de renda, brochuras esparralhadas, n'um abandono adoravelmente dissymétrico.

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