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Atualizado: 4 de junho de 2025
Quanto mudado, ó desventura! Que voragem entre o secretario do marquez de Gouvêa e o determinado assassino de D. João IV! Como elle se contemplava na escuridade profunda de sua alma ao reflexo do gentil, do invejado mancebo que fôra!
Luz intima, afinal, alumiou-me... Filha do mesmo pae, já sei teu nome, Morte, irman coeterna da minha alma! Que nome te darei, austera imagem, Que avisto já n'um angulo da estrada, Quando me desmaiava a alma prostrada Do cançaço e do tedio da viagem? Em teus olhos vê a turba uma voragem, Cobre o rosto e recúa apavorada... Mas eu confio em ti, sombra velada, E cuido perceber tua linguagem...
Como havia de crer elle no intento deshonesto de um homem que lhe emergira a outra filha da voragem? E, crendo, como se comportaria em lanço de tanto melindre? Pôde mais com o velho a gratidão que a offensa. Calisto Eloy chegou á hora costumada. Já não entrava á presença do magistrado com a facilidade e lhanesa de outros dias. A sisudeza do semblante arguia o incommodo da consciencia.
A vida é um grande mar, que estua em convulsões interminaveis; felizes os que caindo na voragem encontram d'estes delphins, que os tomam sobre si e os levam a porto seguro. Foste feliz na imagem, principalmente, porque o vinho desperta-me o humor erotico-musical, e os delphins, se dermos credito a antigos fabuladores, eram levados pela magia da musica.
Contava-se que tinha vindo para alli da roda dos expostos de Barcellos. Naturalmente, porque era linda e pobre, ou se vendera ou tinha sido vendida. Assim se disse; mas o certo foi que um filho de lavrador rico lhe dera o impulso no alto da ladeira, ao fundo da qual estava a voragem. Póde ser que a alma se abysmasse e requeimasse no fogo dos infernos por onde resvala a mulher perdida. Póde ser.
Como perde a paisagem a belêsa: A penumbra que a veste, e é sonho e graça... Adeus, ó Morte, ó velha irmã Da sombra, do silencio e do luar... Ó frio desencanto da manhã! Já vejo naufragar, Na voragem da aurora, o meu cantar! Ó claridade! Ó sol! Ó sol! Aparições do Ruido! Movimento desmedido! Poeira humana... Actividade!
E, n'este lance, as lagrimas abrolharam a torrentes, porque, ao lado da cabeça de Angela, figurou-se-lhe vêr o rosto do marido, perdido por ella, e, áquella hora, talvez, traspassado de saudades de sua filha. Ai! aquella mãe e esposa presentiu que havia de escorregar á voragem das deshonradas, embora resvalasse por ladeira de ouro, e lhe pozessem á flor do seu pégo de lama uma corôa de rei!
De facto, a guerra, lançando o fogo subitamente a todos os paioes, surpreendia-o. Era a subversão das suas melhores crenças. Não podia crê-la. Quem ousava lançar a terra inteira nessa insondável voragem?!...
Foi heroica a determinação; foi o salto fatal de Leucade; foi dar de cabeça para baixo na voragem, que, ou me havia de atirar arrogado e desconhecivel para cima do lodo, ou restituir-me ao dia, feliz, glorioso, coroado dos myrthos de Paphos pelas sereias.
E em breve só boiava um tenue vulto branco No mar onde fluctua o espirito de Deus! Mais tarde á beira-mar chegava a pura imagem Da mais casta mulher que em vida pude ver. Detinha-se distante: a espuma da voragem Só meia extenuada aos pés lhe ia morrer! O immenso mar, porém, crescia a cada instante Mais turvo e mais veloz! depois... Não quiz vêr mais.
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