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Atualizado: 30 de setembro de 2025
Sem ser um erudito nem rebuscador d'archivos, Delfim Guimarães, antes de encetar quaesquer pesquizas, teve a maravilhosa intuição ou elle não fosse um poeta de que os admiraveis versos do Crisfal, desirmanados no decorrer do tempo da obra litteraria de Bernardim, constituiam com o poetico romance de Menina e Moça, reflexos d'um mesmo espirito, vibrações d'um unico coração.
Por que vibrações de piedade, por que processo de sentimento, por que logica de consternação, por que inducção de pezares, quereis vós que o alanceado coração de sua magestade tenha chegado de dor em dor, de lagrima em lagrima, á conta, que só vós podieis ter feito, de duzentas e vinte e duas libras em oiro e dez tostões em prata? Esta conta deploravel é de um estalajadeiro ou de um cambista.
Oh meu tio! continuou ella exaltada não nos podemos separar. A intelligencia é um fio electrico. Ha vibrações na minha alma, que, se meu tio as não ouvisse, seriam perdidas, como as notas de uma harpa tocadas pelo vento em cima de um sepulchro deserto.
Há tímidos lamentos pelo ar, e os sulcos abertos pelo arado são como as crêspas vibrações duma resignada angústia, duma dôr enfreada e humilde... que é a dôr da própria terra.
Todos os que eu vi morrer assim foram.» Oiçamos agora as vibrações da dôr e da saudade d'este colosso, que seria o descendente directo de Heine, se não possuisse a envergadura d'um independente: «No principio d'este anno de 1864 sahi de Ruivães, onde por espaço de oito dias me escondi á minha estrella funesta a vigilantissima desgraça, que eu ia esquecendo.
A madrugada achava-os trabalhando. Nos primeiros alvores, voluteava a grande mosca madaleneana, traçando ângulos; a vespa explorava corolas; agitavam-se, com as suas asas aveludadas, enormes piérides; voltavam do rio nuvens de mosquitos, a abrigar-se nas folhas; as formigas, em legiões, transportavam pulgões, estames, grãos, os despojos das minúsculas batalhas da vida; a cicindela, de emboscada, espreitava uma presa; o necróforo, com as suas extremidades palidamente orladas, procurava a carcaça, em que devia pôr os ovos; o fura-pau batia com a tromba na casca dos olmos; o grilo, fatigado das suas vibrações, adormecia; as forfículas embebiam as suas pinças no fundo das corolas; e, semelhante ao tigre, o grande cárabo sobre o escaravelho.
Candido dos Reis não assistia a essas vibrações da alma revolucionaria mas palpitava-as atravez d'uma porta que separava duas salas do centro e assim andava perfeitamente orientado sobre a marcha crescente da nossa propaganda». N'essa altura já estava constituido o sub-comité militar formado por Candido dos Reis, Fontes Pereira de Mello, coronel Ramos da Costa e capitão Palla.
A poesia de João de Deus é verdadeira musica. São elles geralmente como que uma psalmodía. Allia-se a musica e a poesia que tantos querem distancear, como se o rythmo fosse apenas elemento especial d'uma arte. João de Deus como que tem uma rhythmopêa espontanea. Sahe-lhe o verso moldado pela ideia e pelo sentimento, e n'este como n'aquelle a modulação existe pelas fataes variantes dos estimulos e das vibrações cerebraes. Procuraram os gregos systematisar as relações do rhythmo para com a idêa e o sentimento, como se fôra possivel marcar limite numerico aos modos de ser do pensamento, ou aos productos da actividade intellectual e esthetica. Se, pois, em muitos casos, são acceitaveis as velhas regras, geralmente a rhythmopêa deve ser producto espontaneo, e não canon de escóla. E porque se dá o primeiro caso em João de Deus, é que talvez se revela nos seus versos, bem salientemente o cunho da personalidade, condição essencial d'uma obra poetica.
Ainda o passageiro não tivera tempo de repetir a pergunta, quando vibrou o espaço com as lentas pancadas da meia-noite, que soava lá muito ao longe, no sino de uma egreja situada á beira mar. Produzia um effeito sinistro aquelle som distante. Cada uma das vibrações vinha, em intervallos eguaes, expirar no ouvido dos dois navegantes, e casar-se melancolicamente ao rugir contínuo das vagas.
Terminado este lance, cuja poesia santa não ha pedil-a a corações que deram com ella no pégo da lama brilhante onde dizem que a poesia está, Jorge Coelho fitou os olhos no occidente, e reconheceu o anoitecer dos seus dias passados; viu o boleado pardacento das serranias longiquas que lhe estavam redizendo os pensamentos da sua infancia; ouvia ainda as vibrações do sino que repicava no baptisado de seus irmãosinhos, e dobrára na morte de seu pai, reconcentrou-se; sentiu uma secreta amargura que não era angustia de saudade, nem pavor de previsões afflictivas... Que era, pois, esse vulto lá muito ao longe, ao pé d'aquella myriada de estrellas que repontava na cumieira da montanha?
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