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Nos aparadores, as pratas resplandeciam, iluminando-se de súbitas claridades; o esmalte das porcelanas pintadas faíscava de brilhos metálicos; os cristais dardejavam a um raio de sol que incidia nas vidraças e se prolongava como um delgado fio de ouro, ardendo, fulgurando, tremendo sôbre o verniz dos móveis. Uma perturbante fragrância vinha de fora, exalando-se das corolas, subindo na aragem.

Esta carta despertou violentamente tôdas as ideias e reminiscências que existiam no seu cérebro. Outra vez viu iluminar-se-lhe diante dos olhos deslumbrados aquela tarde em que a beleza de Júlia pela primeira vez o impressionou vivamente, quando ela, debaixo da mosqueteira que vergava de corolas, se cobria das florações que caíam de alto como uma chuva loura e lhe evocavam docemente a lenda pagã de Júpiter, descendo num orvalho dourado sôbre o corpo branco de Danae. Outra vez recordava a angústia que nunca mais deixou de pungi-lo com que fizera a descoberta dum amor que devia morrer, porque era impuro; a noite de perturbação e de terror que se seguiu a esta revelação singular; a ansiedade com que, logo ao raiar da alvorada, fugiu para o Pôrto

Através do incenso primaveral, da alegria perfumada das corolas, emanava das sombras um bafio de humo, de madeira bolorenta, de organismos sáurios. Aqui e ali, pontais a dobrar e plantas fluviais sobrenadando, atravancavam a canoa.

Almas das corolas matinaes, dos ninhos, Das aradas verdes, da campina em flor... Almas de borregos, touros, passarinhos... E almas, sim! das urzes e hervas dos caminhos, Porque até nas fragas dorme o Sonho e a Dor!...

São flôres a festões, cachos de corolas amarellas, viçosas, e aveludadas como as dos arbustos cultivados em jardins: é a florescencia dos tojaes, plantas repulsivas por seus espinhos, alegres de sua perpetua verdura, unicas a enfeitarem a terra quando a restante natureza vegetal amarellece, definha, e morre.

E em quanto uma raiz de lirio suga um craneo E uma pustula o perfume a um nectario, No azul celeste paira o corvo sanguinario, O tumulo suspenso, o esquife que se eleva, Brandindo em cada flanco uma foice de treva! .................... Dir-se-hia que o Destino, O velho Thug, o velho e tragico assassino, Depois de uma hecatombe insensata e brutal, A escondera, lançando em cima um madrigal, Um manto de verdura e corolas vermelhas, Todo estrellado do oiro em brasa das abelhas.