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Atualizado: 23 de outubro de 2025


Agora é preciso remediar o mal feito. Fui imprudente, fui injusto, fui duro e cruel. E para quê? D. João de Portugal morreu no dia em que sua mulher disse que elle morrêra. Sua mulher honrada e virtuosa, sua mulher que elle amava... oh Telmo, Telmo, com que amor a amava eu!

Ficastes-me em logar de pae: e eu... salvo n'uma coisa! tenho sido para vós, tenho-vos obedecido como filha. *Telmo*. Oh minha senhora, minha senhora! mas essa coisa em que vos apartastes dos meus conselhos... *Magdalena*. Para essa houve podêr maior que as minhas fôrças... D. João ficou n'aquella batalha com seu pae, com a flor da nossa gente.

A minha vida que elle queira é sua. E a minha pena, toda a minha pena é que o não conheci, que o não estimei sempre no que elle valia. *Maria*, com as lagrymas nos olhos, e tomando-lhe as mãos. Meu Telmo, meu bom Telmo!...

*Telmo*, em grande anciedade. Senhor, senhor, não tenteis a fidelidade do vosso servo.

Fechae logo ésta porta por dentro, e não abraes senão á minha voz. Intendestes? *Telmo*. Ide descançado. TELMO, depois o IRMÃO CONVERSO *Telmo* vai para deitar a mão á corda, pára suspenso algum tempo, e depois: Vamos: isto hade ser. *Converso*. Quem sois? *Telmo*, estremecendo. Telmo-Paes.

Elle alli está... E pensar que havia de morrer ás mãos de mouros, no meio de um deserto, que n'uma hora se havia de apagar toda a ousadia reflectida que está n'aquelles olhos rasgados, no apertar d'aquella bôcca!... Não póde ser, não póde ser. Deus não podia consentir em tal. *Telmo*. Que Deus te ouvisse, anjo do ceu! *Maria*. Pois não ha prophecias que o dizem? Ha, e eu creio n'ellas.

*Romeiro*. Es: bem sei. E comtudo, vinte annos d'ausencia, e de conversação de novos amigos, fazem esquecer tanto os velhos!... Mas tu es meu amigo. E se tu o não fôras, quem o sería? *Telmo*. Senhor! *Romeiro*. Eu não quiz acabar com isto, não quiz pôr em effeito a minha última resolução sem fallar comtigo, sem ouvir da tua bôcca... *Telmo*. O que quereis que vos diga, senhor? Eu...

*Magdalena*, inchuga os olhos, e toma uma attitude grave e firme. Levantae-vos, Telmo, e ouvi-me. (Telmo levânta-se) Ouvi-me com attenção.

*Telmo*. Não, meu senhor: a resolução é nobre e digna de vós. Mas póde ella approveitar ainda? *Romeiro*. Porque não? *Telmo*. Eu sei! Talvez... ROMEIRO, TELMO; e MAGDALENA de fóra á porta do fundo. *Magdalena*. Espôso, espôso! abri-me, por quem sois. Bem sei que aqui estaes: abri. *Romeiro*.

*Telmo*. Meu filho!... Oh! é o meu filho todo; a voz, o rosto... estas barbas, este cabello não... Mais branco ja que o meu, senhor! *Romeiro*. São vinte annos de captiveiro e miseria, de saudades, de âncias que por aqui passaram. Para a cabeça bastou uma noite como a que veiu depois da batalha d'Alcacer; a barba, acabaram de a curar o sol da Palestina e as aguas do Jordão.

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