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Atualizado: 2 de junho de 2025


Ao cabo de seis mezes, Alvaro da Silveira dera sensiveis mostras de um abatimento, não de espirito, não de coragem, mas d'essa languidez de todos os orgãos, que parece o cançasso de uma febre intermitente. A melancolia fizera-o mais concentrado, mais solitario, e até mais aborrecido de si e dos outros.

Pedia á sobrinha que o acompanhasse para compartir dos prazeres de seu marido; mas a pobre menina, se alguma vez accedia ao que lhe era imposto como dever de mulher casada, ia levar á sociedade o espectaculo da sua tristeza, e dar incentivo de arguições, umas justas, outras exageradas ao procedimento de Alvaro da Silveira.

O nosso acampamento ficou junto d'esse riacho alegre que corria entre arbustos em flôr. Defronte erguia-se um outeiro pedregoso. Apenas erguemos as tendas, subi com o barão. Era aquelle o sitio, aquelle o outeiro onde eu vira, havia vinte annos, n'uma tarde como esta, a figura do pobre Silveira, com o seu grande casacão comprido, apparecer cambaleando, toda escura na vermelhidão do poente.

o setim vale o dinheiro. Depois, isto cheira a... cheira a não sei ao quê que tem dentro... Dez tostões! repetiu a mesma rapariga. Estás morta por ella, diabo! Deixa estar, que se a não comprares, hei-de dar-te uma caixinha mais linda que esta. Dez tostões! Mais um vintem, disse o snr. Silveira. Dez tostões e um vintem! berrava o pregoeiro, mostrando a caixa para todos os lados.

Arredou a cadeira de golpe, e enquanto o Silveira pagava, sem uma palavra de despedida mais, sem um agradecimento banal, sem mesmo esperar por êle, partiu precipitadamente. O Silveira ficou ainda, uns minutos, como avergado ao pêso dum inconfessável cuidado. Acendeu um cigarro, saíu morosamente... e longamente depois, penseroso, inerte, foi subindo a a praça do Congresso.

Escrevia Francisco Rodrigues da Silveira: «Dentro em Gôa se cortam braços e pernas e se lançam narizes e queixadas em baixo cada dia e cada hora, e não ha justiça que sobre o caso faça alguma diligencia: dando por razão que o não permitte a India, porque cada qual pretende satisfazer-se por suas mãos de quem o tem aggravado ». Depois, as mulheres.

Poucos dias passados, avultou mais acirrante explicação da fuga, que necessariamente ressumou do tribunal ou das testemunhas da devassa. Affirmava-se que Domingos Leite matara o padre Luiz da Silveira, coadjuvado pelo facinoroso meirinho Roque. A causa da morte fundavam-a na jactancia do padre em ter corrompido quando muito moça a sua discipula, que depois casou com Domingos Leite Pereira.

Numa instintiva e afável confiança, ela avançou dois passos, o Silveira tomou-lhe a mão esquiva, e os dois acercaram-se então do cavalo, a que o dono tomou a rédea. E queria que a pequena montasse, e cortêsmente insistia, para furtá-la

O barão esse era homem de piedade e crença... Quando destapou o rosto, olhou em redor, ergueu o braço, e com um bello ar de resolução e de esperança: Prompto?... Larga! Os bordões resoaram na terra dura, e largámos. Para nos guiar no deserto tinhamos apenas as distantes montanhas de Suliman, e o roteiro que o velho D. José da Silveira traçára no pedaço de camisa.

Aproveitou o Silveira êste favorável instante para lançar um olhar de piedoso interêsse sôbre essa ignorada flor da selva que êle providencialmente acabava de salvar, a sua pequena desconhecida.

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