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Atualizado: 2 de julho de 2025


Contára antecipadamente o seu instinto com a iletrada ignorância do Silveira, o qual, tomando naturalmente por original a cadenciada toadilha, em marretadas de admiração vislumbrava agora nas insondáveis cavernas cerebrais do Alvarez tubérculos autênticos de génio. Porêm êste, num lume de vaidade, colhendo presto a papelada: O meu amigo perdoará... mas ocasiões destas não se podem perder.

A imagem de sua sobrinha não lhe consentia o repouso, de noite; obrigava-o ás tribulações de um amante desprezado. E, então, o ministro de Deus recolhia-se em oração, com a vehemencia de uma esperança infallivel no refrigerio do céo. A essa hora, pois, chegava a casa Alvaro da Silveira. O seu quarto era immediato ao do sacerdote.

Então o Silveira, que começava a ver o seu rico fatinho claro salpicado e mordido de minúsculas lâminas negras, como coleopteros daninhos, teve que renunciar a seguir aquela picante aproximação de Helena e do marquês, e resolveu deixar a tolda e internar-se no salão, seguindo o exemplo do maior número.

Assim mesmo! confirmou jubilosamente o amigo. A estas horas você é considerado pelo homem como um verdadeiro achado. Que mais quere?... E levemente mordaz, batendo-lhe no ombro: Agora, veja como se porta. Olhe que eu disse que você era um grande professor. Quere não que a fez fresca! lamuriou, atarantado, o Silveira, rascando a testa. Indicações prosódicas, sintáxicas... sei o que isso é!

O general Silveira estimou-o desde que elle, apresentando-se, lhe disse: «Venho bater-me como leão porque venho vingar-me»; e começou a admiral-o horas depois da apresentação. Ao anoitecer do mesmo dia, fizeram reparo alguns soldados n'uma camponeza, que parecia muda, e se bandeava com o sequito do exercito. D'onde viria? perguntavam elles.

E, depois, o maldito de Deus, e dos homens, aprazia-se de contemplar o desenfreamento d'essas mulheres, como se fossem feras, restituidas á sua liberdade. Estas linhas, esboçadas á pressa e com repugnancia, traçam a physionomia moral do conde que entrára para o quarto de Alvaro da Silveira. A carta que Frei Antonio recebera, era de sua sobrinha.

O Silveira seguia interessadamente o inédito desdobrar desta cinta magnífica, com a alma tôda nos olhos e a ventoínheira cabeça passando, em súbitas e incansáveis alternâncias, dos florões repolhudos dos palácios

Silveira, tão zeloso da honra do coronel como elle proprio, espionava as intenções de seu filho, como quem receia que a virtude não esteja ainda tão enraizada n'aquelle coração juvenil, que o torne frio para os mil encantos de Maria dos Prazeres. Eis aqui um dialogo entre o pae e o filho, quinze dias depois que frequentaram juntos a casa do coronel. Parece-me que és feliz, Alvaro.

A distincção da virtude ou do fanatismo, como elle dizia da religião, parecia-lhe uma cousa nunca vista na boa sociedade! Para não deixar-se vencer pelo panico da religião, Alvaro da Silveira dava-se uma explicação muito natural d'aquelle phenomeno: era a falta de convivencia com a classe dos padres.

Mais de uma semana, com inalterável precisão, dia por dia, se prolongou e repetiu êste jôgo inocente para o inadvertido ânimo do Silveira absolutamente despercebido. que, duma vez, como êle tivesse que dirigir-se

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