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Atualizado: 19 de junho de 2025
Lucinda, devemos confessal-o, não insistiu muito, e, pensando unicamente no meio de deslindar a comedia, cuja teia imprudentemente urdira, depois de scismar alguns instantes na extraordinaria melancholia da sua amiga, não fez mais esforços para penetrar o mysterio.
No amor das castelãs scismar entre as giestas Com medo que te acorde a bulha dos wagons! Eu sei talvez teu mal! A febre que hoje sentes Abraza a geração de lyrios ideaes Que passam, como tu, galantes e doentes, D'um amor desordenado ás cousas dissolventes, Ás vozes da guitarra e aos cantos sensuaes!...
O sol começou a descer no poente, e ainda elle estava embebido em seu melancholico scismar. Por acaso volveu então os olhos para o terreiro que lhe ficava por baixo: um onagro da floresta estava ahi deitado como se fosse manso jumento: era inteiramente semelhante áquelle com que havia sonhado.
Perdoa-me, Senhor! tu deves perdoar Pois para que me deste assim um coração! Tudo quanto via me dava que scismar De tudo tinha dó, de tudo compaixão. Ó meus amigos de Coimbra! que saudades Eu sentia ao pensar nos tempos d'illuzões! Porque chamaria eu agora, só vaidades Ao que outrora p'ra nós tinham sido visões?
Saudando a boa mãe que faz com que eu te gose Depois do verme vil teu seio polluir, Mais pura no frescor de tal metamorphose Do que eras a scismar, do que eras a sorrir! Ó minha doce Ophelia! Os rapidos momentos Da vida, são crueis mas passam como um som! Um dia quando em fim dos velhos sedimentos Teu corpo renascer n'um lyrio immenso e bom,
Não, senhor; e então logo que elle me disse quem era, a minha vontade era pregar-lhe com a cabeça n'uma esquina. E elle disse-lhe a razão porque me mandava matar? Não, meu fidalgo; eu lhe conto. O senhor corregedor esteve a scismar um pouquinho, e disse-me, e v. s.^a ha de perdoar por eu lhe dizer o que seu pae me disse tal e qual. Diga.
Reso de joelhos vendo a tarde triste, Pintada a sangue, em longes de pinhaes... Vendo imagens de estrela em charcos de agua, O oiro caido ao chão das arvores outomnaes E as nevoas, frias tunicas de magua, Vestindo outeiros nus... Vendo o fumo de rusticas lareiras, Onde ha velhas fiando em negras preguiceiras O livido lençol que as ha de amortalhar, E rezam n'uma voz de sombra: amen Jesus... E ficam-se a scismar... Lá fóra, ouve-se uivar phantastica alcateia E andam Bruxas a rir... Rangem velhinhas portas, Treme a luz da candeia, A cinza sobe no ar, as brazas mortas Começam a luzir...
A porta d'ella estava fechada e alli fiquei até de manhã ao frio. Os homens que passavam diziam o que lhes parecia, porque ninguem ideia o que cada um traz dentro do coração. Scismei, passei a noite ora a scismar, ora a chorar. N'esse dia poz-me elle o corpo negro, como este lenço que trago na cabeça. Olhae... Ainda tenho as marcas. Estas só na cova me passam.
Nas enfermarias, nos sitios onde se soffre, os miseros e os doentes quedam-se muito tempo a scismar.
A natureza, arvores, montes, rios, esse pelago que vejo do meu quarto deixa-os indifferentes; as horas de preguiça e sonho deixam-os indifferentes. Nunca tiveram tempo para amar as coisas simples e grandes da vida. O que é eterno não no viveram. Por mim antes quero comer pão e scismar, deixar correr as minhas idéas como um regato corre até onde tem agua.
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