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Atualizado: 20 de maio de 2025


Vamiré pôs-se a remar, e foi amarrar a canoa numa angra, entre salgueiros, no limite meridional da pequenina ilha. Batráquios, galinholas, e um adem espantaram-se. Vamiré desviou a folhagem e achou-se numa clareira, onde a terra parecia calcada e as ervas silvestres mondadas intencionalmente.

Em frente, atravez uma pequena garganta, entre duas collinas, as aguas do rio e os salgueiros mimosos, balouçando-se, lançavam um brando alento de movimento e frescura sobre a morna placidez do valle. Aqui e além, erguiam-se os choupos, corajosamente, brandindo ao vento as tenues folhas.

Iria a Coimbra, soffreria a tortura de viver ali durante um ou dois mezes e, quando voltasse a Villalva, saberia dominar-se, affastando-se de Maria. De longe, silenciosamente, faria sua a alegria da sua amada onde a encontrasse, ou cantando na romaria ao lado do namorado ou batendo a roupa sobre as lageas do rio, á sombra dos salgueiros.

A vasta planicie matizada de povoações e bosques de choupos, de salgueiros e de álamos, contornada ao longe pelas cumiadas das serras, tem o caracter das paizagens do Egypto, ou de Tunis, dominadas pelo esqueleto giganteo do Atlas .

A noite escura cerrada, E elles mansinho a remar... Cozeram-se com a terra, se foram incostar; Entre os ramos dos salgueiros Mal se podem divisar. Um homem saltou em terra: Onde irá n'aquelle andar? Leva bordão e esclavina, Nas contas vai a rezar.

O que pensaes vós a respeito d'isto, Ó navegantes d'esse mar de Christo! Heroes, que tanto tendes que contar? Chorae por mim, ó prantos dos salgueiros, Pois entre os tristes eu sou dos primeiros! Lamentos ao luar, dos pinheiraes, E vós ó sombra triste das figueiras! Chorae por mim ó flôr das amendoeiras Chorae tambem ó verdes cannaviaes!

No extremo do campo, junto ao rio, onde os salgueiros bebem refrigérios nas aguas que rebrilham sôbre as areias brancas, uma outra voz de bronze repetiu a oração que eu ouvira comovido. Logo após a repete aquela torre do outeiro mais alto entre os irmãos que, levantando a cruz, guarda e protege a gândara prolongada e a choupana, onde unidos não tardam a acolher-se cordeiros e crianças, seus moradores e filhos, por igual amamentados e queridos de uma mesma candura. E mais distante,

Pelo facto de nas partilhas ter pertencido esta maravilha de architectura ao representante da familia, tinha o mais novo sido desterrado para uma quinta proxima, denominada «Os Salgueiros» e que pertencia por acaso aos Nerestaing, devido á liberalidade de um parente.

Sonhava, e no sonho a imagem de Maria associava-se ás palpitações da natureza. O rio transfomára-se em alvas nuvens que pousavam sobre o seu leito apertadas na cinta de salgueiros; entre ellas, como uma apparição, em meio d'um nimbo de claridade vermelha e candente, uma cosinha pobre e uma rapariga curvada sobre a lareira ateando o lume que se erguia em labaredas fugidias.

No meio das paginas inteiramente consagradas pelo auctor á descripção e á enumeração de todas as coisas feitas pela raça neerlandeza em favor do seu proprio engrandecimento, e da sua propria illustração, paginas que parecem escriptas por um Taine com entranhas e com alma, Ramalho interrompe-se por momentos, e n'uma lingua idylica e harmoniosa, n'uma lingua em que ha eccos de Shakespeare e visões de Ariosto, n'uma lingua que parece feita de gotas de luar e de raios do sol, de aromas indefinidos, de vagas scintillações fatuas, de vibrações de harpa eolia occulta entre os salgueiros, faz-nos a pintura palpitante, luminosa, musical, colorida, da Floresta da Haya, d'esse bosque sagrado que elle julga proprio para abrigar, na sombra estranha e dôce da sua densa ramaria mysteriosa, os amores profundos e tragicos, as sublimes paixões heroicas da lenda e da historia, o somno esquecido e calmo dos grandes deuses mortos, os divinos dialogos ardentes que os poetas puzeram na bocca dos seus amantes immortaes.

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