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Atualizado: 5 de julho de 2025
A condessa, essa, partia resignada: Rytmel depois da sua convalescença iria para a Italia, para aquecer as forças ao sol de Napoles, e mais tarde em Paris, e depois em Lisboa, teriam alguns mezes livres, para, como diziam os antigos poetas, os tecerem d'ouro, seda e beijos. Foi com saudade que os vi embarcar.
A hispanhola no entanto, junto da amurada, fallava violentamente ao capitão Rytmel que a escutava frio, impassivel, com os olhos no chão. O conde subiu n'este momento. Outras senhoras vieram, os grupos formavam-se, começavam as leituras, as obras de costura, o jogo do boi... Eu approximei-me de D. Nicazio e disse-lhe sem lhe dar mais importancia: Então esta sua senhora dá-lhe desgostos?
No alto da escada, junto de uma porta cerrada, estava caida uma luva e dois bocados de papel. Um era meia folha pequena, lisa, em branco. O outro era um pedaço de enveloppe; tinha no alto um carimbo do correio de Lisboa com a data do dia anterior; a um canto havia inutilizada uma estampilha franceza; no subscripto lia-se: Mr. W. Rytmel.
Carmen entrou, arremessou-se de joelhos ao pé da cama d'elle, tomou-lhe uma das mãos e ficou ali soluçando longo tempo. Rytmel chorava tambem. Eu tinha-me encostado á parede, e sentia invadir-me uma tristeza, profunda e insondavel como a noite.
Captain Rytmel, que me dava o braço, inclinou-se ao passar junto d'ella, e fallando baixo para mim: Miss Shorn! disse elle. Era realmente linda. Grandes cabellos loiros, fortes, luminosos; os olhos largos, intelligentes, serios; um corpo perfeito.
Ella vergava nos braços de Rytmel, com a cabeça errante, os olhos cerrados, os beiços entreabertos e humidos. Bravo! Bravo! gritavam os inglezes em roda. A luz do punch erguia-se, balançava-se, valsava tambem. Carmen e Rytmel passavam como sombras, levados por um vento leve, cheios dos reflexos idealisadores da chamma azul.
Chama-se Captain Rytmel, official de artilheria, 28 annos, em viagem para Malta, bigode loiro, um pouco da India nos olhos, muito da Inglaterra na excentricidade, um perfeito gentleman. Um bebedor de cerveja! disse ella, desfolhando a flôr de cactus. Um bebedor de cerveja! gritou o conde erguendo a cabeça com uma indignação comica.
Ao lado, junto de uma moita de baunilhas, estendido no chão, levemente apoiado no cotovello, vi Rytmel. Então? gritei-lhe, abaixando-me anciosamente para elle. Só ferido... Como? onde? Não respondeu, os olhos cerraram-se e desfalleceu sobre a relva.
A senhora, que se chamava Carmen, era cubana, e segunda mulher de D. Nicazio; era alta, de fórmas magnificas, com uma carnação que fazia lembrar um marmore pallido, uns olhos pretos que pareciam setim negro coberto de agua, e cabellos annelados, abundantes, d'esses a que Beaudelaire chamava tenebrosos. Vestia de seda preta e com mantilha. Estavam em Gibraltar? perguntou Captain Rytmel.
Eu, á sobremesa, affastei-me com Perny, e transmitti-lhe as palavras do meu amigo. Perny riu, disse que estimava os inglezes, que apreciava os seus serviços na India, que tinha sido instigado por Carmen a contrariar Rytmel, que o achava um adoravel gentleman, que pedia das suas palavras as mais humildes desculpas, que o seu logar era por toda a parte, as suas armas quaesquer...
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