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Os que me conheceram onde estão? Uns mortos, todos esquecidos. Estão agora alegres, amam outras, vão para os theatros. E eu estou aqui a morrer. E elle? lembrar-se-ha de mim? Tambem não. Choro, choro, quando penso que o não vejo, que não está aqui, que morro e que elle se não lembra de mim! E soluçava, com a cabeça escondida no travesseiro. Rytmel é uma alma nobre. Estima-a, creia...

Mas ser arremessado o paquete para a Africa como uma baleia morta!... Ella quis passear, mas o movimento do navio era muito violento; era necessario encostar-se ao braço de Captain Rytmel. Eu difficilmente me equilibrava. A pancada da onda contra o costado tinha um som lugubre. A sineta de bordo tocava com uma voz desconsolada as horas e os quartos.

O primo da condessa, tendo chegado de Cascaes ao meio dia, acompanhado de dois amigos intimos, inquieto pelo desapparecimento de Rytmel, que era seu hospede e vivia como homiziado em casa d'elle em Lisboa, foi ao predio mysterioso de que possuia uma chave e que sabia ser frequentado regularmente pelo inglez, e encontrou ahi o cadaver.

Mas, dadas essas explicações, disse eu, nada temos que vêr com as armas... Ah! perdão; disse o francez, ha ainda uma pequena cousa: é que eu acho que o penteado de Captain Rytmel é profundamente offensivo do meu caracter e da dignidade da França. Isto é que exige reparação.

Agora nem uma recordação é... Continuaram fallando baixo, e melancolicamente. Eu fui encostar-me um momento á amurada. Erguera-se vento, e o vapor começava a jogar... Quando me approximei de novo dos grupos ruidosos, ouvi casualmente Carmen que dizia: Onde se some aquelle capitão Rytmel? Desappareceu outra vez com a condessa, não viram? Vamos procural-os. Comprehendi a traição.

Perny contra o official, arremessal-o contra todas as idéas, todas as opiniões de Rytmel; não sei se com a esperança perversa de um duello, se apenas pelo gosto de o vêr contrariado... Um dia fallava-se da India. Rytmel dizia a transformação fecunda que a Inglaterra lhe tinha feito. Uma grande risada interrompeu-o. Era Perny. Ri-se? disse Rytmel, levemente pallido. Rio-me?

Pareceu-me pela fadiga das suas physionomias, que se não tinham deitado: lord Grenley decerto que não, porque estava de casaca, como na vespera, e tinha ainda na boutonniêre um jasmim do Cabo, murcho e amarellado. Bonita madrugada! disse Rytmel. Tinham aberto a janella, o ar fresco entrava; nas arvores do jardim cantavam os passaros. Adoravel! disse eu.

Eu segui o olhar do marechal, olhei tambem, e vi... como hei de dizel-o? Vi Rytmel. Vi-o junto de miss Shorn, curvado, fallando-lhe, sorrindo-lhe, absorto, afogado na luz dos seus olhos. Ella olhava-o, extremamente séria, com um longo olhar demorado e convencido, em que eu vi todo o fim da minha vida! D'hai a dez dias o conde chegou; partimos para Portugal.

Eu amava Rytmel, Rytmel queria casar. Que faria, meu Deus? Iria em nome da minha paixão desviar aquella existencia de homem, da linha natural, simples, humana, que leva ao casamento, á familia, ao dever? Devia eu impedir que elle casasse? Mas não era isto impedir, abafar a legitima expansão da sua vida?

A condessa esteve toda a noite doente, mas não se transtorna o passeio... Outra cousa: tem um rewolver, Rytmel? Para quê? Disseram-me que era muito curioso atirar aos passaros que se escondem nas cavernas, em Gozzo. Ha um echo excentrico. Precisamos de uma arma. Rytmel deu-me um pequeno rewolver marchetado. Leve-o: eu tenho as algibeiras cheias da albuns e de canetas para tirar desenhos... Ah!

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