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Nós as mulheres nos revoltamos, quando mais não podemos soffrer; se a visse ha pouco, como eu a vi, está mirrada a pobre da rapariga; não tem feito senão chorar! Me commove o seu estado, creia, D. Clementina! Podera não, se o commendador não tivesse coração!... E ás vezes parece não o ter disse n'uma queixa d'amor não correspondido. Oh, minha senhora.

Mas creia v. ex.^a que tanto faz ir como estar na cama... O homem, não pôde vêr pessoa alguma, pela simples razão de nunca ter estado de noite essa tal penitente imaginaria que se diz... Os tempos de acabaram, minha senhora, e quem reza gosta de o fazer com ostentação, á luz do dia, diante de toda a gente... não se vae pôr de noite, como os mochos e as corujas que chupam o azeite das lampadas, a piar miserias á porta dos templos desertos...

Áquellas explicações mais vivas, accudiu o mancebo, de que nos falou no principio da nossa conversação... Creia que sinceramente o sinto... Oh! Não se afflija, por quem é! Estamos mais longe d'isso, do que cuida. Pois, na realidade suppoz, que dois officiaes armados e apercebidos haviam de ceder deante de tres homens?... Somos dez e quasí todos militares. Não ha deshonra. Veja!

Ámanhã espero que estarás mais senhor de ti. Estou a sangue frio, creia. Veremos com mais vagar esse coração.

Juro! Mas se elle ousar!... Não ousa! De mais, sei, e posso defender-me! Creia em mim. Agora ! Um momento! Deixe-me colher forças para o combate!... E pousando-lhe na fronte os labios de rosa afagou-lh'a com um beijo. Leonor!... exclamou elle ebrio de jubilo. Recompense-me! Seja homem! Hoje a nossa arma é a paciencia. Não o sente? Sobe a escada... ! Nem um gesto, nem uma palavra!

Pois não fui, amigo Belchior, creia que não fui! protestou Eugenio, verdadeiramente espantado das affirmações do procurador. Não foi! Então quem foi? Não sei. Eu é que posso dar-lhe a minha palavra d'honra de que não entrei n'isso, nem pensei mais em tal, desde que você me mandou recado a dizer que o rapto ficava transferido para outro dia... Que recado? Eu mandei-lhe algum recado? Certamente.

Uma theoria... Não é, creia. Acontece-me isso duas ou tres vezes por anno. Sabe que ando sempre com uma paixoneta... ou mais. Levo oito dias a fazel-as cair do peito. E vive feliz? Inteiramente feliz. Saber contentar-se não é a suprema sabedoria? Para que se inventou o flirt? O flirt? Que horrivel coisa?

Ahi vae a formosa e eloquente carta: «Porto, 24 de dezembro. Minha Senhora Agradeço-lhe muito os seus artigos no Jornal do Commercio, e creia V. que o não faço por civilidade, ainda que não é cousa que se deva desdenhar par le temps qui court. Não lhe direi que me agradaram os seus artigos, porque isso é o menos; dir-lhe-hei que me commoveram.

Se houvessemos de iniciar negociações com a idéa de evitar esse supposto risco, creia v. ex.^a que os brasileiros, cuja hospitalidade tive durante dezeseis annos e cujo espirito conheço, não agradeceriam o aliás generoso empenho, porquanto nelle veriam menos apreço pelas qualidades de intelligencia e de patriotismo, de que, com justiça, se ufanam muito mais do que das riquezas naturaes da sua patria.

Se a sua resolução é inabalavel, não nos devemos oppôr, nem meu marido nem eu, mas creia, senhor Ernesto, que ambos sentimos do coração que o senhor deixe tão depressa esta casa, que podia considerar como sua. Ernesto sorriu-se amargamente, fez um movimento de indifferença com os hombros, e ajuntou: Ha creaturas, minha senhora, para quem o mundo é um deserto, um campo de tristes saudades.