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Na celebre carta que o infante dirigiu de Coimbra, em 30 de dezembro de 1448, ao conde de Arrayolos, que de Ceuta viera expressamente para defendel-o, dizia D. Pedro: «... por me fazerem deshonra tiraram o castello de Lisboa ao conde d'Avranches, o qual se tinha feito serviços a estes Reynos e aos Reys delles por que lhe esto devesse de ser feito vós sabees; deram-lhe por elles e em especial pollo que agora fez em Ceita, ho gallardam que dam a mim de meus serviços e trabalhos».

E com prospero vento, e bonança, Ramiro a seus Reynos ha tornado, Levando de Almançor a tal vingança, E victoria que Deos lhe avia dado. E dahi em diante a sua lança Ja mais Mouro algum ha aguardado, E sempre este Rey lhes moveo guerra Ganhandolhes de Espanha muita terra.

Vendose Almaçor com a tal presa, Como Aguia Real voou com ella, Logo que a furtou com ligereza Perdeo de vista os Reynos de Castella, E veo aqui portar nesta deveza Do Douro onde então estava aquella, Povoação, e paços, donde Gaya, A qual ahi está junto da praya.

A experiencia de quasi trezentos annos a esta parte mostrou estes dois principios, incriveis, e mesmo absurdos no tempo de Carlos quinto e de Phelipe segundo; saõ estes, 1.^o Que nos Reynos adonde ha liberdade de consciencia, cada dia sahem das Religioens toleradas, que deyxaõ e abjuraõ, para abraçarem a Religiaõ dominante. 2.^o Que em todos os Reynos onde existe a intolerancia civil, que cada dia perdem Subditos, que abjuraõ a Religiaõ dominante, para abraçarem outra, ou tolerada no mesmo Reyno, ou dominante nos outros Reynos.

E para que V. Illustrissima julgue se tenho fundamento no que digo, quero em breves palabras mostrar-lhe que todo o mal que temos experimentado desde o principio da Monarchia provem: «Que os Ecclesiasticos quizeraõ, como Constantino Magno, governar os Reynos e os Imperios, pelas regras e leis das primeiras Igrejas e Conventos, que saõ puramente espirituaes; naõ attendendo ao Sagrado do Estado civil, nem á sua independencia: naõ attendendo que todo o seu poder he sobre os Christaõs, e nunca sobre os Subditos do Estado.

Mas não. Velasco, «hum lente Cathedratico da Universidade de Coimbra» não pode ter comprometido o seu nome a defender com a «abominada seita» dos Jesuitas «que podem os Reynos, e Póvos, privar aos Reys intruzos, e tyrannos; negando-lhes a obediencia...».

Como em Portugal nem em Castella havia todos os materiaes para fazer navios, em taõ grande numero, para navegar para os novos mundos, os compravaõ em Genova e no Norte: como naõ tinhaõ fabricas, nem para todo o vestido, nem para o luxo, compravaõ estas mercancias em Flandres, em França, Inglaterra e Allemanha, e taõbem em Veneza e Florença, Reynos que estavaõ ja com mais artes e fabricas do que nos tinhamos e os Castelhanos.

Fundáraõ Conventos, Escolas de Latim, Theologia, Philosophia: pode a Mocidade tomar as Ordens Sagradas; mesmo tem os Vice-Reis e Governadores auctoridade e Jurisdiçaõ para dar cargos, honras e preéminencias, e me parece que podem dar o gráo de Nobreza: e deste modo parece que Portugal, desde el Rey Dom Manoel, naõ fez mais que parir outros Reynos, e desfazer-se para crealos e conservalos.

E asim digo que me restituhi a estes Reynos, e Senhorios por entender o devia fazer em conceencia por livrar a meus vaçalos do dominio, e violencia estrangeira e esta razam me obrigou a fazer huma couza que poderia ser contra meu natural. A Justiça e a observancia della conserva as Monarchias máis que as armas e asim encomendo ao Princepe meu filho siga nesta materia inviolavelmente esta acção.

As Leis destas Monarchias, eraõ militares, o seu objecto era vencer e conquistar, como era o das Monarchias Gothicas; e a sua educação era militar. Para determinarmos o objecto da Mocidade Portugueza naquelle tempo desde o anno de 1500 até 1580, quando Portugal cahio debayxo do jugo Castelhano, vejamos em que estado se achava entaõ, e os Reynos seos vizinhos da Europa.

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